O documentário “Pro dia nascer feliz”, de João Jardim, mostra, na realidade dos anos 2000, o panorama educacional brasileiro, o qual, naquela época, sofria de muitos empecilhos, sendo, alguns deles, relacionados ao desinteresse e a desvalorização da escola por parte dos aulistas. Nesse sentido, observa-se que, na contemporaneidade, a problemática ainda perdura firmemente, tendo em vista que, agora, os professores estão sendo desvalorizados, sobretudo em áreas específicas do trabalho. Logo, é imperioso analisar os causantes do estorvo, além de tais áreas: o desapreço pela educação por negligência governamental e a “capacitação por nota”.

 

Diante disso, atribui-se culpa ao desanimo discente pelo governo. Tal delato é válido, uma vez que os educandos, responsáveis pelo aprendizado, por falta de investimentos estatais em escolas, muitas vezes, mostram indiferença para tal, fomentando o descaso pela profissão. Nessa lógica, citando, ainda, o documentário, isso tem uma explicação: devido à precarização do ensino em regiões pobres, os alunos que, muitas vezes, não possuem uma estrutura adequada para o estudo — por falta de cadeiras, a exemplo — decidem abandoná-lo, no entanto, não saem da instituição pedagógica, por ser um lugar de socialização. Com isso, os docentes, que visam dar aula, não conseguem, pois, por exemplo, tais estudantes não trazem o material necessário — já que, em tese, não foram à escola para aprender, e sim socializar —, acarretando, principalmente, o desânimo desses profissionais, corroborando sua ausência, também mostrada pelo filme. Destarte, é necessário haver investimento para que se tenha interesse.

 

Ademais, culpa-se, ainda, a “competência” por pontuação. Pode-se observar isso, principalmente, nas redações do Exame Nacional do Ensino Médio: aqueles que, geralmente, tiram notas altas, tendem a lecionar o outro sobre tal assunto. Dessa maneira, segundo o professor de redação Rodrigo Fortes, isso é um problema, haja vista que o público estudantil, ao invés de procurar ajuda profissional, tende a buscar auxílio desses pontuadores, que, muitas vezes, não possuem aptidão para educá-los. Consequentemente, tal conduta afeta a desvalorização docente, também explicada por Fortes: quando, qualquer um, pode instruir acerca de determinado assunto, os que realmente estudaram e são capacitados para ensinar sobre tal, irão ser negligenciados, suas profissões serão tratadas como um “hobby”, não um trabalho legitimado e, por fim, desvalorizados. Em suma, como Rodrigo evidencia, é preciso estar atento a esses “profissionais capacitados”.

 

Portanto, medidas são necessárias para atenuar os imbróglios. Para isso, cabe ao Estado, em conjunto com o Ministério da Educação — órgão responsável pela formação do caráter nacional —, por meio de verbas governamentais, investirem na infraestrutura de colégios carentes, em regiões financeiramente exíguas. Além de que, mediante a mídia, conscientizem a população sobre a importância de um auxílio qualificado, com o intuito de mitigar os óbices. Assim sendo, espera-se que, temporalmente, o descaso evidenciado em “Pro dia nascer feliz” seja, finalmente, terminado.

@Mylike
@JoaoPedro72
@Loak
@CORVINAL

Oioi, @Marcos8122! Poderia, por gentileza, justificar a nota?

Principalmente na C5

Higorvaz escreveu:@Mylike
@JoaoPedro72
@Loak
@CORVINAL

Desculpa a demora, sua redação ficou muito boa! Ainda citou o mestre Fortes KKKKK