Na obra cinematográfica "Milk - A voz da igualdade", o protagonista da história, Harvey Milk, é o primeiro político na história a assumir sua homossexualidade, motivo pelo qual consecutivamente sofreu hostilidade, ataques e discriminação na luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+. Apesar de que na sociedade, essa seja realidade de muitos cidadãos. Por um longo período vivenciam: exclusão, preconceito, perseguição apenas por desejarem ser eles mesmos. Situação mostrada na ficção. O fato ocorre, principalmente, não só pela falta de implementação de políticas educacionais desde as séries iniciais, como também pela desigualdade socioeconômica que afeta grupos minoritários.
Inicialmente, o governo público se mostra omisso nesse caso, ou seja, contribuindo para a perpetuação do preconceito e da discriminação. De acordo, com a Center for Tallent Innovation, 61% dos funcionários gays e lésbicas, com medo de perderem seus empregos, decidem por esconderem sua sexualidade, diante de seus colegas e gestores. Sob esse viés, tal dinâmica está influenciando diretamente a produtividade e a qualidade do trabalho dessas pessoas, uma vez que elas podem estar constantemente preocupadas com a possibilidade de serem alvos de discriminação ou de comentários ofensivos. Assim, evidencia-se que os direitos de grupos minoritários estão sendo infringidos, cuja visão e tratamento não é igualitário em relação aos demais.
Para além desse fator, percebe-se que o principal agente que inibe o pleno acesso dos grupos minoritários aos seus direitos é a ausência de representação governamental. Uma vez que a política prioriza as trocas de concessões, logo, aquele que se encontra à margem dessa redoma social, dificilmente terá suas necessidades atendidas. Por conseguinte, a desigualdade socioeconômica, encontra respaldo em diversos estudos que destacam a correlação entre a falta de representação e a persistência das disparidades sociais, sendo assim países que adotam medidas de inclusão e promovem a participação ativa de grupos minoritários tendem a apresentar uma distribuição mais equitativa de recursos e oportunidades.
Dessa forma, conclui-se que o preconceito se dá pelas ideias errôneas, pela qual atravessam gerações. Uma possível solução que abrangesse tanto a falta de implementação quanto a desigualdade estaria no incentivo à educação de qualidade com oportunidades e políticas inclusivas. Para isso, compete ao Estado tomar medidas que garantam um equilíbrio para grupos minoritários e mais necessitados em áreas como política, educação e emprego. Por conseguinte, o Brasil deverá agir ativamente para reparar suas injustiças históricas e para solidificar sua educação, de maneira que os seus cidadãos sejam tratados e vistos de forma igualitária.