A arquitetura hostil, frequentemente utilizada no Brasil contemporâneo, é na realidade, um problema estrutural de um corpo social preconceituoso e ignorante que habita na mentalidade de muitos brasileiros há gerações. Gande parte dessa entrave tem sido atribuída por dois principais fatores: a negligência estatal e a falta de educação graduada.
Em primeiro lugar, destaca-se que o preconceito é atribuído a indivíduos que não possuem uma formação necessária e mesmo assim iniciam um trabalho mal feito. No documentário/série americana "irmãos a obra", mostra dois irmãos consertando casas mal estruturadas ou com algum defeito. Ao transportar este inquérito à realidade brasileira é notável que no país verde e azul, a arquitetura hostil não é solucionada com reformas e sim, com deslizamentos, queimas e caimentos devido a má formação; gerando consequências graves a indivíduos de classe baixa.
Ademais, a negligência estatal tem sido um drama em discussão. "As capacidades são oportunidades que as pessoas têm de realizar funções essenciais da vida humana e o Estado tem o dever de assegurá-las". Com a frase de Nussbaum, fica evidente que parte deste empecílio é gerado pelo Estado que por sua vez, não proporciona uma educação a indivíduos desinformados, Por consequência, as casas são destruídas e famílias ficam sem moradia. Esse cenário leva os indivíduos a um desejo gerado pelo ilusório dever cumprido, que só se utiliza em época de eleição ou eventos maiores.
Por fim, fica claro que é fundamental o Estado cumprir seu dever em inserir estudos gratuitos em localidades públicas- juntamente com palestras conscientizacionais- de modo que acabe a ignorância social e diminua a quantidade de famílias sem moradia, garantindo uma sociedade preparada e cursada.