No Brasil, os desafios enfrentados por jovens trabalhistas aumentam todos os dias. De acordo com o político Konrad Adenauer "vivemos todos sob o mesmo céu, mas nem todos temos os mesmos horizontes", essa frase reflete a realidade brasileira, em que as diferenças de classes sociais ocupam grande escala no país, principalmente quando se trata do desemprego em comunidades periféricas. Nesse sentido, convém analisar os contribuintes dessa temática: negligência estatal e baixo investimento no ensino de qualidade.
Com base nisso, a negligência governamental acaba cooperando para a desocupação juvenil no setor trabalhista. Na obra " O cidadão de papel" de Gilberto Dimenstein, argumenta que os direitos são garantidos apenas no papel e não na prática. Nesse sentido, essa constatação pode ser feita, haja vista que há uma nítida negligência legislativa em relação a esse imbróglio, pois o Estado não cumpre seus deveres sociais tendo em conta a escassez de oportunidades de emprego para jovens de periferias. Consequentemente, gerando a marginalização desses indivíduos.
Outrossim, observa-se o baixo investimento em ensino de qualidade, que contribuem nos desafios enfrentados pela nova geração trabalhista. Conforme Paulo Freire, as escolas devem promover uma educação libertadora, a qual seja capaz de formar cidadãos detentores de uma visão de mundo ampliada. Grande parte das escolas, entretanto, estão na contramão daquilo defendido pelo pensador, vista que há uma evidente priorização por um ensino conteudista e memorizador, ao invés de preparar esses indivíduos para uma carreira profissional digna. Por conseguinte, o nível de subempregos diminuiriam em comunidades.
Em suma, são necessárias medidas capazes de mitigar os desafios enfrentados por jovens trabalhistas no Brasil. Dessa maneira, cabe ao Estado —órgão responsável pelo bem-estar social— investir uma maior parcela do PIB para gerar vagas de emprego para essas minorias, de maneira a dirimir a marginalização. Além disso, as escolas —responsáveis pela formação cidadã— devem preparar esses indivíduos para uma carreira profissional, por meio de cursos preparatórios, como computação, inglês e educação financeira, a fim de diminuir os níveis de subempregos no país. Assim, os desafios enfrentados por jovens trabalhistas serão reduzidos.