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Por joaopdroals
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Em "Ensaio sobre a Cegueira"
De José Saramago, o autor nos apresenta a uma realidade em que a colaboração social é inexistente. Ao transpor essa alegoria de Saramago para o mundo atual, nos deparamos com a situação de pouco amparo e cooperação entre indivíduos no que se refere à doação de órgãos. Nesse cenário, é importante analisarmos os aspectos dificultantes para o aumento das doações. Dentre os principais fatores, destacam-se a negligência estatal e o fanatismo religioso.
Sob essa perspectiva, é
necessário ressaltar a ausência do Estado na promoção de ações conscientizadoras que incentivem a população a ser solidária. Nesse sentido, segundo o pedagogo Paulo Freire, a educação é essencial na transformação social. Todavia, a falta de proatividade governamental faz com que estigmas presentes na sociedade permaneçam nela. A luz disso, há o exemplo das pessoas que, pela sua ignorância, deixam de ajudar o próximo. Assim, as autoridades responsáveis, ao não promover uma educação pautada na
conscientização e solidariedade, contribuem para o ônus social encontrado no país.
Outrossim, é notável o papel da religião na permanência do preconceito contra a doação de órgãos. Acesso a disso, desde a Idade Média, com o protagonismo da Igreja Católica, que a religiosidade tem forte influência nos comportamentos sociais. Somado ao poderio da Igreja sobre os seus fiéis, ocorre a baixa escolaridade dos mesmos, resultando na
dependência e sujeição a toda e quaisquer opiniões emitidas pela Igreja. Isso é exemplificado nas perseguições praticadas por frequentadores religiosos, a quem pensa de forma diferente. Dessa forma, o ambiente religioso, por vezes, contribui para a pouca colaboração social, ao se embasar apenas na tradição e não mediar isso à realidade hodierna.
Portanto, indubitavelmente
medidas são necessárias para atenuar esse óbice. Cabe ao Estado elaborar projetos que visem conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos. Para isso, o Ministério da Saúde, juntamente com os profissionais da área educacional, deve desenvolver conteúdos educativos que sanem dúvidas sobre o processo de doação, a partir do diálogo direto com os espectadores. Esses conteúdos, sendo divulgados através das mídias sociais e também com a colaboração das igrejas, repassando nos ambientes religiosos e alterando o pensamento de muitos fiéis, ao
incentivá-los à colaboração social. Desse modo, transformando a sociedade ao "visibilizar" os seus problemas e conscientizá-la acerca deles.
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