A Declaração Universal dos Direitos Humanos- promulgada em 1948- assegura a todos os direitos básicos, como saúde, educação e segurança. Entrentanto, os frequentes casos a invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil, impedem que os indivíduos experimentem tal virtude. Nesse sentido, o preconceito de gênero e o má remuneração do trabalho relacionado ao cuidado dificulta a ascensão social dos brasileiros.
Diante desse cenário, percebe-se que o preconceito de gênero é um fator agravante no enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado por mulheres. Sob esse viés, a filósofa Hannah Arendt criou a expressão "Banalidade do Mal", a qual diz respeito ao fato de que as pessoas estão normalizando as mazelas sociais, de modo a torná-las banais. Nessa ótica, tal teoria é constatada no cenário brasileiro, uma vez que parte da população ignora o preconceito sofrido pelas mulheres no trabalho, o que acarreta na desvalorização dos serviços domésticos e de cuidado. Dessa forma, o impasse é agravado no meio social.
Ademais, nota-se que a má remuneração desses serviços fomenta a permanência do problema no país. De acordo com IBGE, em 2019, as mulheres trabalhavam 10 horas a mais que os homens durante a semana. Desse modo, ao observar o contexto brasileiro, entende-se que o Estado ainda é precário em ações, na medida em que não disponibiliza recursos para melhorar o baixo salário das mulheres.
Portanto, em virtude do preconceito de gênero e da má remuneração, medidas devem ser tomadas. Para isso, cabe ao Estado, órgão responsável por garantir o bem-estar social, incentive a discussão acerca do problema, por intermédio de palestas informativas, o propósito de conscientizar a população. Sendo assim, será possível que o problema seja gradativamente minimizado no Brasil.