Desde os últimos cinco anos, o Brasil perdeu cerca de sete milhões de leitores. Esses dados são da pesquisa "Retratos da Leitura", que se valeu de um critério nada rígido para definir um leitor (ter lido ao menos parte de um livro nos últimos três meses). Tamanha problemática é engendrada por múltiplos fatores, que, entre os quais, há o efeito da tecnologia no cérebro humano e o histórico da educação brasileira.
Primeiramente, não bastasse a preferência pelos meios digitais como lazer, eles também afetam sobremaneira o desenvolvimento cognitivo dos usuários. Isso é devido aos estímulos gerados pelos novos modelos de vídeo disponibilizados nas plataformas, que, por serem curtos e não demandarem extensos períodos de atenção, liberam altas cargas de dopamina e o consequente vício. Tal círculo prejudica a capacidade de concentração prolongada, requisito essencial para a atividade de ler.
Ademais, os fatores históricos relacionados à educação não só explicam a insuficiência de leitores brasileiros como também ligam-se à primeira causa apresentada. Ocorre que, com o intuito de disseminar o conhecimento pelo país com eficiência para a comunidade carente, optou-se pelas fontes sonoras, como o rádio, e as audiovisuais. Logo, apesar das boas intenções, os meios empregados reforçaram o estudo passivo entre a porção majoritária do povo, que não é capaz de desenvolver o senso crítico de questionar as ideias apresentadas, segundo palavras do filósofo Jean-Paul Sartre.
Conclui-se, portanto, que a realidade brasileira no que se refere ao hábito de ler carece de urgentes intervenções, de modo a resgatar as habilidades interpretativas, essenciais para uma mente crítica e para o combate à alienação. Assim, deve-se fortalecer a educação básica por meio de uma parceria entre o Ministério da Educação e as escolas dos setores público e privado, a fim de estimular a leitura desde a infância, fase propícia a estar aberta para novas atividades.

Eiii! Uau, sua redação está bem estruturada e traz pontos super importantes sobre os desafios para a formação de uma sociedade leitora no Brasil.

Na Competência 1, você manejou bem a norma padrão, com pequeno deslize na redundância em "que, entre os quais", porém nada que atrapalhe a leitura (nota 160). Na Competência 2, o tema foi tratado de maneira profunda e alinhada a uma estrutura dissertativa-argumentativa eficaz (nota 200). Para a Competência 3, suas ideias foram bem organizadas com argumentos claros e embasados (nota 200). A coerência e coesão foram muito bem trabalhadas com a utilização apropriada de conectivos (nota 200). Já na Competência 5, a proposta de intervenção está alinhada, respeita os direitos humanos e é detalhada (nota 200). Nota total: 960 (C1: 160, C2: 200, C3: 200, C4: 200, C5: 200). Parabéns!