O escritor inglês Aldous Huxley defende: "Os fatos não deixam de existir só porque são ignorados". Tal perspectiva, mostra-se nos desafios para a inclusão das crianças portadoras do espectro autista no cenário escolar, pois, mesmo sendo cidadãos com direito à escolaridade, tal grupo não a usufrui. Nesse contexto, percebe-se a configuração de um complexo problema enraizado na lacuna estatal e na inoperância popular.
Nesse cenário, é imperioso apontar a lacuna estatal como colaborador da problemática, rompendo com o contrato estabelecido com a população - o bem-estar comum. Nesse viés, segundo a composição "Commander in Chef", da cantora Demi Lovato, afirma que, em muitas ocasiões, os representantes nacionais não dispõem de preocupação frente a dilemas sociais, neste caso, sobre os desafios para a inclusão das crianças portadoras do espectro autista no ambiente escolar, causada pela falta de docentes qualificados no tratamento às crianças neurodivergentes. Desse modo, é inadmissível a ineficácia do Estado diante de tal panorama.
Outrossim, é importante frisar a inoperância popular como outro colaborador do problema, que se torna indiferente quanto às crianças portadoras do espectro autista - capacitismo - contribuindo com a ilegalidade. Nesse sentido, isso é confirmado pelo ativista norte-americano Martin Luther King: "Quem aceita o mal sem protestar, coopera com ele". Logo, é imprescindível a participação da sociedade diante desse cenário.
é evidente, portanto, que há entraves para que as crianças portadoras do espectro autista possuam pleno acesso à educação. Dessa maneira, é preciso que o Estado brasileiro promova melhorias no sistema educacional e fiscalização no país, por meio de profissionais qualificados no tratamento de tal grupo, para que seus direitos sejam respeitados, a fim que tal comunidade obtenha sua dignidade humana preservada. Com isso, os fatos não serão ignorados.