A Constituição Federal de 1988 assegura que todo cidadão é igual perante à lei. No entanto, percebe-se que, na atual realidade brasileira, não há o cumprimento dessa garantia, principalmente no que diz à respeito a invisibilidades trabalho de cuidado realizado pela mulher, impedindo, a universalização desse direito social tão importante. Nesse prisma, destacam-se dois aspectos ínercia legislativa e a exploração.
Em primeiro plano, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater à ínercia legislativa relacionados ao serviços de cuidado. Segundo o pensador Thomas Hobbes, o estado é responsável por garantir o bem-estar da população, entretanto, isso não ocorre no Brasil. Dessa forma, trabalhadores domésticos em sua grande maioria são pobres e mulheres, trabalhando com objetivo de sustentar sua família, sendo a remuneração insatisfatória. Desse modo, faz-se mister a reformulação dessa postura estatal de forma urgente.
Ademais, é imperativo ressaltar o consumo exagerado como promotor do problema. De acordo com a novela “Cheia de charmes”, Aparecida(Cida) em seu cotidiano era explorada por sua patroa pode se estabelecer um paralelo a realidade. Partindo desse pressuposto, trabalhar com o cuidado necessita dedicação e tempo ficando em média quase 25 horas de serviço. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.
Portanto, diante dos desafios supramencionados, é necessária a ação conjunta do Estado e da sociedade para mitigá-los. Nesse âmbito, cabe ao poder público, na figura do Governo Federal, com o Poder legislativo, por intermédio de criação de leis a fim de que assegurem um empregador remunerado adequadamente conforme suas horas trabalhadas. Desta maneira, certamente, a afirmação de Thomas Hobbes será vivenciada por toda nação brasileira.