O Artigo 1° da Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. No entanto, essa igualdade de direitos não se efetiva, na prática, no Brasil, dado que falta atenção por parte do Estado em questão e a desigualdade social como segundo fator agravante do problema apresentado.

Em primeiro plano, é eminente ressaltar a falta de atenção por parte do Estado, uma vez que deixa de investir em ações de combate ao preconceito e ao racismo para dirimir os desafios da busca pela valorização da herança africana em nossa nação. Segundo John Lucke, "O Estado deve agir de maneira condizente a garantir os direitos básicos a todos os cidadãos". Contudo, a falta de atenção por parte do Estado em prol de tais pessoas não cumpre o previsto na Constituição, já que deixa de investir em ações que garantam os direitos mínimos a plena cidadania.

Além disso, há indiferênça da sociedade em ração ao grupo evidenciado, pois não reserva aceitação digna e nem reconhecimento acerca do importânte papel dos africanos na formação do nosso país. No livro Cidadão de papel, escrito por Gilberto Dimenstein, é apresentado aspectos fundamentais: cidadania, democracia e direitos humanos. Entretanto, nele, o autor aponta que esses aspectos são garantidos apenas a Carta Magna, aumentando os desafios para a valorização da herança africana no Brasil.

Portanto, é necessário que esta situação seja resolvida. Cabe ao Governo Federal, maior responsável pela condição e existência de todos, investir em leis e ações que priorizem, reconheçam e valorizem as heranças africanas em nosso país, por meio de palestras, campanhas e datas comemorativas, para assim, erradicar os desafios para a valorização da herança africana no Brasil e cumprir o Artigo 1° da Declaração Universal dos Direitos Humanos.