A música Faroeste caboclo, da banda Legião urbana, conta a história de seu protagonista, João de Santo Cristo, que desde novo sofre preconceito por ser negro. Saindo da ficção, é notório a semelhança da realidade de João com a dos vinte e seis povos tradicionais brasileiros que veem no ato de enaltecer suas tradições os desafio, que são: combater o preconceito estrutural e a tentativa de apagar sua história.
Na Grécia antiga, imigrantes não eram considerados cidadãos. Contrapondo isso, quando os portugueses chagaram em nosso pais, declararam que os povos originários dessa terra não tinham direitos sobre ela, taxando-os de inferiores e os escravizando, como mostra o documentário da Netflix, Guerras brasileiras.doc. Atualmente, mesmo que esses povos gozem da cidadania brasileira o preconceito contra eles ainda se perpetua, agora, entranhado em todos as camadas da sociedade e consequentemente os marginalizando.
Outro desafio para reafirmar suas tradições que os povos nativos enfrentam é o evidente esforço do governo brasileiro em minimizar sua existência e com isso apagar sua história. Ação exemplificada no modo romantizado e somente do ponto de vista europeu como a história do descobrimento do Brasil é ensinada nas escolas. Segundo Kant, " o homem não é nada além do que a educação faz dele", segundo esse pensamento, não se pode esperar a valorização de um povo a muito silenciado em um país que escolhe omitir sua existência como forma de didática.
Portanto, para que o preconceito com essas minorias acabe e ocorra a valorização de suas tradições o governo federal ,junto com o Ministério da Educação, deve reformar o currículo da disciplina de história em todas as escolas do país e organizar palestras ministradas por figuras de liderança desses povos. A fim de criar uma identificação e assim tornar popular suas tradições.