Art. 5 da Constituição Federal defende direito a dignidade para qualquer cidadão. No entanto, percebe uma lacuna na garantia desse direito para pessoas idosas no Brasil, o que, além de grave trata-se de um problema inconstitucional . Nesse contexto, a negligência com a terceira idade persiste no Brasil devido não só à invisibilidade social, mas também ao egoísmo
Em primeiro plano, é preciso atentar para o silenciamento presente na questão. O filósofo Foucault defende que na sociedade pós moderna alguns temas são silenciados para que as estruturas de poder seja mantidas. Nesse sentido, percebe-se uma lacuna no que refere-se a pessoa idosa, já que a falta de debate contribui para impunidade do abandono de idosos no Brasil. Assim sem diálogo sério e massivo sobre uma a problemática sua resolução é impedida.
Em segunda análise, o egoísmo apresenta-se como outro fator que influência no tema. Na obra "Modernidade Líquida", Zygmunt Bauman defende que a sociedade é fortemente influenciada pelo individualismo.A tese do sociólogo pode ser observada de maneira específica na realidade brasileira, no que tange a negligência com a pessoa idosa no país. Essa liquidez que influi sobre o afastamento da rede parental devido a dependência dos idosos nessa fase da vida funciona como um forte empecilho para sua resolução.
Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver a invisibilidade social e egoísmo. Como solução, é preciso as escolas, em parceria com a prefeitura promovam um espaço para rodas de conversa debates sobre a negligência com a teceridade no ambiente escolar. Tais eventos podem ocorrer no período extraclasse, contando com a presença dos professores e convidados. Além disso, tais eventos não devem se limitar aos alunos, mas ser abertos à comunidade, a fim de que as pessoas compreendam questões relativas aos idosos e se tornem cidadãos mais atuantes na busca de resoluções.