Policarpo Quaresma, protagonista de Lima Barreto na clássica obra "O triste fim de Policarpo Quaresma" tem como característica marcante o nacionalismo ufanista, acreditando em um país utópico. No entanto, os desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher, deixa a sociedade distante do sonhado pelo personagem, seja pela inoperância governamental ou pelo silenciamento midiático. Assim, urge a análise precisa disso, buscando soluções eficazes.
Diante desse cenário, vale ressaltar, que o problema decorre do descaso dos setores governamentais no que se refere a valorização do trabalho de cuidado realizado pela mulher. Segundo o filósofo Thomas Hobbes, o Estado tem o dever de garantir o bem-estar a todos. Porem, a desigualdade social causada pela desigualdade dessa área, exercida majoritariamente por mulheres de baixa renda, auxilia na pobreza das mesmas e na dependência a figura masculina, tornando-a em diversas situações a mulher submissa ao homem. Logo, há a necessidade de mudança nessa postura governamental.
Além disso, é de grande importância pontuar, o silêncio midiático quando se trata da valorização dessa profissão. A mídia exerce forte influência sobre a opinião pública, seja em propagandas, telejornais ou novelas, e a escassa da presença dessa problemática nas telas, gera a invisibilidade dessas mulheres e favorecendo tal estagnação socioeconômica.
Diante do exposto, torna-se de extrema importância soluções para esses entraves. O Ministério do Trabalho em conjunto do Ministério dos Direitos Humanos, deverão reformular as condições desleais presentes nesse contexto. O aumento da verba governamental para essas áreas deverá ocorrer. Para assim, diminuir os impactos negativos causados por essa desigualdade social. A participação da mídia com q divulgação das condições precárias em que essas mulheres se encontram, auxiliará na reflexão da sociedade, aumentando a valorização da mulher nessa área. Assim, a sociedade de tornará mais igualitária, seguindo as ideias do Thomas Hobbes.