É inegável o fato de que, nas últimas décadas, os desafios para valorização da herança africana aumentaram de forma significativa no Brasil. Nesse contexto, a falta de visibilidade da identidade africana passou a fazer parte de grande parcela da sociedade verde-amarela. Essa questão, hodiernamente, apresenta diversos percalços, dentre os quais o preconceito atrelado ao passado do afro-brasileiro e o descaso social frente a intervenção adequada desse assunto. Assim, deve-se analisar atentamente essa problemática a fim de combater melhor essa dificuldade social.
Em primeira análise, cabe ressaltar que a ausência de visibilidade da identidade africana esta relacionada ao preconceito por parte da população. Albert Einstein, cientista e físico, afirma “É mais fácil desintegrar um átomo do que o preconceito”. Nesse viés, a comunidade enxerga a herança afro-brasileira como algo irrelevante. Isso pode ser relacionado com o passado escravista desses indivíduos. Outrossim, a sociedade contemporânea apresenta certa negligência com os costumes africanos. Não é perceptível hoje em dia, por exemplo, a cultura da moda brasileira ter relatividade com as vestimentas dos afro-descendentes. Visto isso, é de suma importância que a sociedade reconheça sua conexão com a identidade africana.
Em segunda análise, é importante destacar que o descaso social impossibilita a luta pelo resgate da herança africana. Essa questão pode ser discutida a partir da teoria de “Corpo Biológico” de Émile Durkheim. O sociólogo diz que nossa sociedade funciona como um corpo humano, em que todas as partes devem interagir entre sim para total funcionalidade. Atrelando esse pensamento aos desafios para valorização da herança africana vemos que o indivíduo não se apropria de sua identidade cultural. Diante disso, nossa comunidade apresenta até hoje traços dos costumes afro-brasileiros. Essa cultura esta marcada na história brasileira, sem ela nossa sociedade não teria se consolidado.
Portanto, os desafios para valorização da herança africana apresentam diversos percalços, dentre os quais o preconceito atrelado ao passado dos afro-descendentes e o descaso social frente a intervenção adequada. Para minimizar os aspectos negativos dessa mazela social, o Estado, órgão administrativo social deve direcionar políticas públicas para maior informação da população. Isso pode ser feito através do direcionamento de verbas para realização de campanhas e palestras realizadas pelo Ministério da Educação que juntamente com as escolas promovam, desde o ensino básico, a importância da identidade africana e a relevância dessa cultura para a formação da população brasileira. Assim a sociedade iria conscientizar-se da importância da herança africana para as futuras gerações e daria fim a essa negligência cultural.