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Por mabis
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#114728
A Constituição Federal de 1988, norma de maior hierarquia do sistema jurídico brasileiro, assegura os direitos e o bem-estar da população. Entretanto, quando se observa os desafios relacionados à educação prisional no Brasil, verifica-se que esse preceito é constatado na teoria e não desejavelmente na prática. Dessa forma, essa realidade se deve à negligência governamental e à superlotação dos presídios.

Nessa perspectiva, vale ressaltar que a débil ação do Poder Público possui íntima relação com o revés. Acerca disso, Thomas Hobbes, em seu livro “Leviatã” defende a obrigação do Estado em proporcionar meios que auxiliem o progresso do corpo social. As autoridades, todavia, vão de encontro com a ideia de Hobbes, uma vez que possuem um papel inerte em relação à educação prisional no país e, por consequência disso, aproximadamente 87% dos presos não têm acesso a atividades educativas, segundo dados divulgados pelo Infopen, em 2017, mostrando um alto teor de cidadãos em maioria pobres e negros, excluídos do corpo civil. Desse modo, é inadiável que a assistência a esses cidadãos seja alcançada, a partir de medidas governamentais.

Ademais, vê-se que o alto índice da população carcerária também atua como impulsionador do impasse. Diante desse cenário, pode-se fazer uma analogia a obra musical “Crime vai e vem”, de Racionais MC’s, que retrata “a máquina do desemprego fabrica criminoso”. Essa situação ocorre porque, infelizmente, a falta de oportunidades no âmbito laboral em conjunto com a baixa escolaridade influenciam diretamente no aumento do crime no país, cuja a população assolada pela disparidade social vê a vida criminal como única opção. Logo, é essencial superar essas condições que atestam, sobretudo, um cenário destoante.

Portanto, fica evidente a necessidade de garantir o acessos à educação nos presídios do Brasil. Destarte, o Governo Federal, com o apoio do Ministério da Educação, a partir de medidas governamentais destinadas à pasta, deve promover a educação carcerária por meio de aulas diárias com profissionais especializados, com disciplinas voltadas para a humanização e cursos profissionalizantes. Essa ação será realizada com o intuito de ressocializar essa parcela da população, para que também a sociedade não naturalize a desigualdade que a permeia. Dessa maneira, com a conjuntura de tais ações, os brasileiros verão o direito garantido pela Constituição, como uma realidade.
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Comentários
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COMPETÊNCIA 1: Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
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COMPETÊNCIA 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
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COMPETÊNCIA 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
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COMPETÊNCIA 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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COMPETÊNCIA 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
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Por mabis
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#115261
Olá, você pode corrigir minha redação? @OlrenBeat
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Por OlrenBeat
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#115279
NOTA FINAL 960!
Olá! Sua redação está bem estruturada e apresenta uma boa argumentação. No entanto, há alguns pontos que podem ser melhorados para atender aos critérios de correção do Enem.

Em relação à introdução, você começa com um bom gancho ao citar a Constituição Federal de 1988 como norma que assegura os direitos e o bem-estar da população. Entretanto, seria interessante se você fizesse uma conexão mais clara entre esse preceito constitucional e a educação prisional no Brasil. Além disso, é importante lembrar que na introdução deve haver uma tese clara sobre o tema proposto — nesse caso, a necessidade de garantir acesso à educação nos presídios brasileiros.

No desenvolvimento do texto, você apresenta bons argumentos relacionados à negligência governamental em relação à educação prisional no país e ao alto índice da população carcerária como impulsionador desse problema. É importante destacar que esses argumentos estão embasados em fatos concretos (dados divulgados pelo Infopen) e em referências culturais relevantes (o livro "Leviatã" de Thomas Hobbes e a música "Crime vai e vem" dos Racionais MC's).

Porém, é necessário tomar cuidado com algumas questões gramaticais: por exemplo, na frase "essa realidade se deve", seria mais adequado usar o verbo "dever-se" na terceira pessoa do singular ("deve-se"), já que não há sujeito explícito antes dele; além disso, na frase "é inadiável que a assistência a esses cidadãos seja alcançada", seria mais adequado usar o verbo "seja" no modo subjuntivo ("seja alcançada"), já que se trata de uma ação hipotética.

No que diz respeito à proposta de intervenção, você apresenta boas ideias para garantir acesso à educação nos presídios brasileiros, como promover aulas diárias com profissionais especializados e disciplinas voltadas para a humanização e cursos profissionalizantes. No entanto, é importante lembrar que na proposta de intervenção deve haver um detalhamento maior sobre as medidas concretas que serão tomadas (como quem será o agente responsável pela ação e qual será o meio/meio de execução da ação).

Por fim, é importante destacar que sua redação apresenta um bom repertório sociocultural produtivo ao citar referências culturais relevantes para argumentar sobre o tema proposto. Além disso, você articula bem as partes do texto e usa recursos coesivos diversificados.

Em resumo, sua redação está bem estruturada e apresenta bons argumentos relacionados ao tema proposto. Para melhorá-la ainda mais segundo os critérios do Enem, sugiro atentar-se aos pontos gramaticais mencionados acima e elaborar uma proposta de intervenção mais detalhada em relação às medidas concretas que serão tomadas pelo governo federal em conjunto com o Ministério da Educação. Parabéns pelo esforço!

Sua redação possui 11 desvios!
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