A Constituição Federal de 1988, em seu 128 artigo, afirma que promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica, a tecnologia e a inovação. Porém, tais avanços não são efetivos na hodierna conjuntura brasileira, o que acaba inferindo os impactos da tecnologia na vida moderna. Nesse viés, surgem entraves como as doenças mentais e a desigualdade social.

Diante desse cenário, cabe salientar os transtornos mentais em vigor. Nesse sentido, segundo a renomada filósofa Hannah Arent, em sua obra "Banalidade do Mal", o pior mal é aquele visto como algo cotidiano. Análogo a isso, a formação tecnológica possui muitas falhas-a circulação incontrolável de informações falsas e a dependência digital-desencadeiam uma limitação a um sistema tecnológico de qualidade. Desse modo, tais impasses remetem a obra de Hannah Arent, ao assimilar a violência como um mal cotidiano.

Em segunda análise, vale ainda abordar as disparidades sociais. Segundo dados do IBGE, o Brasil é o nono país mais desigual do mundo. Nessa lógica, a falta de acesso à internet e a informação por parte da sociedade-vide a baixa renda de algumas famílias e a falta de oportunidades-abrem marguem para o aumento dessas disparidades na sociedade brasileira. Dessa maneira, a hodierna conjuntura brasileira reflete ao artigo 128 da Carta Magna, garantindo incentivo ao desenvolvimento tecnológico e a informação.

Portanto, é imprescindível sanar os imbróglios discutidos. Para tanto, o Governo Federal, por meio de subsídios estaduais e municipais, deve investir na segurança no âmbito tecnológico. Isso pode ser feito, por exemplo, com o cumprimento e a aprimoramento das leis tecnológicas. Tudo isso, com o fito de mitigar os impasses mencionados.