No livro "O Fantasma da Ópera", do autor Gaston Leroux, é apresentado o personagem Érik, que é uma criança obrigada a trabalhar em uma trupe de ciganos para sobreviver. Fora da ficção, milhares de brasileiros são submetidos ao trabalho infantil, pois enfrentam diariamente diversos obstáculos para conseguir se alimentar. Nessa perspectiva, pode-se apontar como causadores desse problema o fator histórico e negligência estatal.
Sob esse viés, a herança histórica presente na sociedade brasileira perpetua os obstáculos no combate ao trabalho infantil, já que de acordo com os dados do G1, as pessoas pretas são as que mais se prejudicam. Nesse sentido, segundo o filósofo chinês Confúcio , " para saber sobre o futuro, é necessário ver o passado", ou seja, os indícios do passado determinam o futuro. Dessa forma, a falta de auxílio com as pessoas recém libertadas da escravidão, acarretou em seus descendentes sendo obrigados a trabalharem para ter comida. Isso apenas demonstra que esses descendentes foram deixados às margens da sociedade.
Outrossim, a negligência estatal atua como principal causadora para o não combate desse mal, visto que não se preocupa em erradicá-lo. Nesse contexto, conforme a filósofa brasileira Djamila Ribeiro, "para que haja uma solução para um problema, é preciso tirá-lo da invisibilidade". Assim, é preciso que o estado se dedique para tirar isso da invisibilidade e assegurar os direitos garantidos no ECA para essas crianças e adolescentes, para que não sejam obrigadas a sofrerem com o trabalho infantil.
Portanto, com urgência, é preciso resolver esse problema. Para isso, cabe ao Governo Federal, responsável pelo asseguramento da lei, por meio do poder Executivo, a criação de uma lei em auxílio à essas crianças, além da criação de projetos de fiscalização para combater o trabalho infantil. Isso será feito a fim de assegurar os direitos dessas crianças e adolescentes. Feito isso, espera-se uma realidade diferente da retratada no personagem Érik.