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Por anajullya
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A “violência simbólica”, para o sociólogo francês Pierre Bourdieu, é sobre estruturas sociais que reproduzem padrões simbólicos de dominações machistas na sociedade — uma opressão sem força física. Análogo a essa premissa, os preconceitos e os estigmas às novas configurações familiares no Brasil são resultantes de tal uniformidade imposta. Por esse viés, a educação deficiente sobre diversidade e o conservadorismo cultural e religioso fortalecem a problemática.
Num primeiro momento, é crucial observar a ausência de políticas de ensino que promovam a conscientização sobre a diversidade familiar no país. Apesar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2013, através da Resolução nº 175, ter eliminado barreiras jurídicas e administrativas para que casamentos homoafetivos tenham os mesmos direitos e efeitos de uniões
heteroafetivas — a resistência persiste, pois o avanço da lei não elimina o preconceito. A partir disso, a negligência estatal em instituir debates sobre pluralidade familiar, a primazia do respeito em relação à variabilidade afetiva e a conscientização nas escolas, através do ensino especializado, contribui para a perpetuação de visões limitadas e para a manutenção do preconceito. Dessa forma, fica claro que o Estado é omisso diante desse impasse.
Outrossim, é pertinente explorar os efeitos do conservadorismo cultural e religioso como outro agente influenciador do revés. Por séculos, o modelo familiar patriarcal e heterossexual foi estruturado como único e legítimo — modelo esse fruto do período colonial, no qual a Igr
eja Católica desempenhou papel central na definição de normas morais e sociais no Brasil. No panorama vigente, os setores neoconservadores e fundamentalistas religiosos retomaram, com força, o discurso que defende a “família tradicional” como única e moralmente correta e, por vezes, utilizam-se da instrumentalização da fé em discursos políticos para justificar a exclusão de grupos que constituem a diversidade familiar e afetiva, além de tentarem barrar avanços civis — como a adoção legal por casais gays.Frente a esse pressuposto, a barreira cultural instituída pelo conservadorismo é danosa ao corpo social familiar diverso, por propiciar a exclusão desses indivíduos em sociedade.
Portanto, é essencial a atuação estatal e social para que os referidos obstáculos sejam sobrepujados. Em vista disso, o Estado, por intermédio do Ministério da Educação (órgão responsável por políticas públicas de ensino), deverá direcionar verbas para a constituição de programas em redes de ensino que visem elaborar palestras socioeducativas, de modo a tornar consciente a pluralidade afetiva e familiar desde o ensino básico, além de enrijecer penalidades por crimes que ferem a integridade e os direitos existenciais dessa conjuntura social, a fim de garantir respeito e dignidade a todos. Assim, construir-se-á um Brasil mais democrático.
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    Erros gramaticais/acentuais (ex.: “às” deveria ser “às”; “Igr eja” = “Igreja”) comprometem a norma-padrão. Reorganizar frases longas para evitar falsas concordâncias e faltas de crase; padronizar uso de termos (ex.: “homossexuais”/“homoafetivos”). No desenvolvimento, utilize conectores com maior fluidez e evite informações redundantes. Proposta de intervenção detalhada: inclua metas mensuráveis, prazos e avaliação (ex.: metas anuais de inclusão curricular; indicadores de eficácia; parcerias com redes municipais).

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  1. C1 norma-padrão

    Você atingiu aproximadamente 60% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra domínio mediano da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com alguns desvios gramaticais e de convenções da escrita, ou seja, apresenta um texto com estrutura sintática mediana para o grau de escolaridade exigido, porém com alguns desvios morfossintáticos, de pontuação, de grafia ou de emprego do registro adequado ao tipo textual.

  2. C2 Compreensão da proposta

    Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. Embora ainda possa apresentar alguns problemas no desenvolvimento das ideias, o tema, em seu texto, é bem desenvolvido, com indícios de autoria e certa distância do senso comum demonstrando bom domínio do tipo textual exigido.

  3. C3 seleção de argumentos

    Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, ou seja, os argumentos, embora ainda possam ser previsíveis, estão organizados e relacionados de forma consistente ao ponto de vista defendido e ao tema proposto, e há indícios de autoria.

  4. C4 construção de argumentos

    Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.

  5. C5 Proposta de Intervenção

    Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora excelente proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. Trata-se de redação cuja proposta de intervenção seja muito bem elaborada, relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, abrangente e bem detalhada.

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