Num primeiro momento, é crucial observar a ausência de políticas de ensino que promovam a conscientização sobre a diversidade familiar no país. Apesar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2013, através da Resolução nº 175, ter eliminado barreiras jurídicas e administrativas para que casamentos homoafetivos tenham os mesmos direitos e efeitos de uniões
heteroafetivas — a resistência persiste, pois o avanço da lei não elimina o preconceito. A partir disso, a negligência estatal em instituir debates sobre pluralidade familiar, a primazia do respeito em relação à variabilidade afetiva e a conscientização nas escolas, através do ensino especializado, contribui para a perpetuação de visões limitadas e para a manutenção do preconceito. Dessa forma, fica claro que o Estado é omisso diante desse impasse.
Outrossim, é pertinente explorar os efeitos do conservadorismo cultural e religioso como outro agente influenciador do revés. Por séculos, o modelo familiar patriarcal e heterossexual foi estruturado como único e legítimo — modelo esse fruto do período colonial, no qual a Igr
eja Católica desempenhou papel central na definição de normas morais e sociais no Brasil. No panorama vigente, os setores neoconservadores e fundamentalistas religiosos retomaram, com força, o discurso que defende a “família tradicional” como única e moralmente correta e, por vezes, utilizam-se da instrumentalização da fé em discursos políticos para justificar a exclusão de grupos que constituem a diversidade familiar e afetiva, além de tentarem barrar avanços civis — como a adoção legal por casais gays.Frente a esse pressuposto, a barreira cultural instituída pelo conservadorismo é danosa ao corpo social familiar diverso, por propiciar a exclusão desses indivíduos em sociedade.
Portanto, é essencial a atuação estatal e social para que os referidos obstáculos sejam sobrepujados. Em vista disso, o Estado, por intermédio do Ministério da Educação (órgão responsável por políticas públicas de ensino), deverá direcionar verbas para a constituição de programas em redes de ensino que visem elaborar palestras socioeducativas, de modo a tornar consciente a pluralidade afetiva e familiar desde o ensino básico, além de enrijecer penalidades por crimes que ferem a integridade e os direitos existenciais dessa conjuntura social, a fim de garantir respeito e dignidade a todos. Assim, construir-se-á um Brasil mais democrático.
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C1 norma-padrão
Você atingiu aproximadamente 60% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra domínio mediano da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com alguns desvios gramaticais e de convenções da escrita, ou seja, apresenta um texto com estrutura sintática mediana para o grau de escolaridade exigido, porém com alguns desvios morfossintáticos, de pontuação, de grafia ou de emprego do registro adequado ao tipo textual.
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C2 Compreensão da proposta
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. Embora ainda possa apresentar alguns problemas no desenvolvimento das ideias, o tema, em seu texto, é bem desenvolvido, com indícios de autoria e certa distância do senso comum demonstrando bom domínio do tipo textual exigido.
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C3 seleção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, ou seja, os argumentos, embora ainda possam ser previsíveis, estão organizados e relacionados de forma consistente ao ponto de vista defendido e ao tema proposto, e há indícios de autoria.
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C4 construção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
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C5 Proposta de Intervenção
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora excelente proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. Trata-se de redação cuja proposta de intervenção seja muito bem elaborada, relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, abrangente e bem detalhada.
Erros gramaticais/acentuais (ex.: “às” deveria ser “às”; “Igr eja” = “Igreja”) comprometem a norma-padrão. Reorganizar frases longas para evitar falsas concordâncias e faltas de crase; padronizar uso de termos (ex.: “homossexuais”/“homoafetivos”). No desenvolvimento, utilize conectores com maior fluidez e evite informações redundantes. Proposta de intervenção detalhada: inclua metas mensuráveis, prazos e avaliação (ex.: metas anuais de inclusão curricular; indicadores de eficácia; parcerias com redes municipais).
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