Com a chegada das novas tecnologias, editar uma fotografia se tornou algo simples de se fazer, sem ter a necessidade de um especialista. Se tornou tão simples ao ponto de ser necessário, mas tão necessário que se tornou obrigatório.

É praticamente impossível encontrar algum adolescente que não usou algum filtro ou ferramenta de edição fotográfica. Adolescentes querem preencher a falta de autoestima e amor próprio, e os filtros caem como um leva neste quesito. A sensação de se ver bonito e desejado é deliciosa, até mesmo para quem não possui o vazio. O problema é quando a pessoa olha seu reflexo nu e cru, sem nenhuma edição — como ela é de verdade — e se sente feia por não ser como a rede social e os filtros a apresentam para o mundo.

Essa pressão estética não é tão recente. Antes, eram as revistas e modelos; logo depois, as atrizes de cinema e novela; e agora, as redes sociais e seus filtros de beleza. A pressão estética atual pode ser classificada como a pior até hoje em relação à saúde mental. Agora vemos nossa própria imagem, melhorada por computador e cobramos que nosso corpo e aparência — que são vivos e biológicos — supra um padrão artificial de beleza. É necessário desconstruir esses padrões de beleza letais e conscientizar o público adolescente para diminuir e acabar com os inúmeros casos de ansiedade, depressão e suicídio causados por esse padrão estético.