Tolerância. Parece simples. Um princípio que deve estar presente para termos uma convivência pacífica. Mas será que realmente devemos tolerar tudo? Ao longo dos anos, até atualmente, nos deparamos com discursos e opiniões devastadoras, que nos fazem refletir e questionar se temos que aceitar certas opiniões em nome da liberdade de expressão. Quando essa opinião passa a soar como algo aterrorizante, é quando devemos nos questionar sobre se é uma opinião que devemos respeitar. Conforme o filósofo liberal Karl Popper, a tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. Isto é, se nós permitimos que qualquer tipo de opiniões ou discursos que sejam intolerantes prosperem, estaremos destruindo esta ideia e princípio que buscamos defender. A acessão do nazismo é um exemplo claro desta consequência, pois pela falta de restrições, os discursos de hoje infelizmente acabaram permitindo que este regime ganhasse força, resultando no ataque e perseguição de minorias e também na destruição da democracia. Isso evidencia que, se não for imposto um limite nesses discursos intolerantes, acaba sendo uma ameaça para a estabilidade social. Atualmente, essa ameaça se reflete em grupos extremistas, como neonazistas e supremacistas, que utilizam a liberdade de expressão como um escudo para expor discursos de ódio. Por outras perspectivas, é importante perceber que não se trata de censurar opiniões contrárias, mas de impedir que essas ideias se propaguem. Em síntese, a tolerância deve impor limites que realmente possam proteger a democracia. A ascensão de regimes autoritários no passado e a atual presença de grupos extremistas mostram que esses discursos de ódio não podem ser ignorados. Assim, é de urgência que o governo implemente medidas que combatam essa intolerância, como a criminalização desse discurso, além de promover campanhas, principalmente nas redes sociais, que é onde mais ocorrem esses tipos de discursos.
Portanto, a reflexão crítica sobre quais opiniões devemos tolerar é essencial para proteger a convivência pacífica e os direitos humanos.