O escritor brasileiro Machado de Assis, despiu a sociedade e teceu críticas aos comportamentos egoístas e superficiais caracterizadores da nação brasileira. Fora da ficção, as obras realistas do autor compactuam com a questão da persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira, pois a ignorância humana gera a tomada de ações imprudentes. Nesse prisma, torna-se evidente que a negligência governamental somada a manipulação midiática fomentam para o agravamento dessa problemática, a qual precisa ser solucionada.
Nesse viés, é importante ressaltar que a violência contra a mulher deriva da baixa atuação dos setores governamentais, no que concerne à criação de mecanismos que coíbam tais recorrências. Segundo John Locke -conhecido como pai do liberalismo- entendia que a população deveria confiar no Estado, que, por sua vez, garantiria os direitos aos indivíduos. Devido à falta de atuação das autoridades, o número de mulheres que se tornam vítimas da violência passa a crescer cada dia mais. Desse modo, enquanto houver falhas governamentais, o rigor se fará presente.
Ademais, é imperativo ressaltar a manipulação midiática como promotora do problema. No livro “1984” do escritor George Orwell, é apresentado como a manipulação midiática pode ser uma ferramenta de controle e até mesmo de opressão. De maneira análoga, a persistência da violência contra a mulher tem uma forte alicerce na estagnação social. Essa situação ocorre porque infelizmente muitos brasileiros e governantes não se movimentam em prol da erradicação da problemática. Nesse cenário, faz-se necessário uma modificação no comportamento do corpo social.
Urge, portanto, que providências sejam tomadas para solucionar o panorama crítico da violência contra a mulher. Destarte, é necessário que o Poder Executivo Federal, juntamente com o Ministério da Justiça- órgãos responsáveis pelos direitos da população- crie políticas públicas que garantem a segurança da mulher por meio de propagandas midiáticas não controladores, destacando o valor das vítimas, a fim de alcançar o oposto do empecilho apresentado. Desse modo, a sociedade egoísta de Machado de Assis, poderá caminhar livremente para um futuro melhor e mais democrático.