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Por EllyFer764
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Em 1988, a Constituição Federal do Brasil, também conhecida como "Constituição Cidadã", foi promulgada, marcando uma importante transição na história do país. Esse documento fundamental consagrou direitos humanos, valores democráticos e a dignidade da pessoa humana como princípios basilares da sociedade brasileira. No entanto, apesar dessas garantias constitucionais, persistem desafios inaceitáveis no contexto nacional. Perante o exposto, tem-se que a persistência do trabalho análogo à escravidão é um desses desafios. Assim, observa-se a necessidade de discutir sobre os alicerces que sustentam esse revés, com foco na desigualdade social e na priorização do interesse financeiro.
Dessa forma, em primeira análise, vê-se que a desigualdade social é o principal empecilho no combate ao trabalho análogo à escravidão. De acordo com Ariano Suassuna, célebre escritor, há no Brasil uma injustiça secular, capaz de dividir a nação em duas vertentes: a dos favorecidos e dos despossuídos. Tal constatação é nítida na persistência de ocupações profissionais análogas à escravidão, já que essa realidade atinge uma parcela da população, que devido à ocorrência desse acentuado desequilíbrio social, é cruelmente negligenciada e deixada as margens da sociedade, não existindo um olhar atento para a situação existencial destas, fator esse, que faz com que essas sejam vítimas de um cenário tão nefasto e desumano como o trabalho análogo à escravidão. Assim, é urgente que essa desigualdade deixe de existir, possibilitando uma nação homogênea, onde parcela da população não seja atingida por uma situação tão hedionda, enquanto outra é altamente privilegiada. Somente rompendo com a injustiça secular, os menos favorecidos serão vistos e, consequentemente, os problemas que afetam sua dignidade também, podendo ser sanados.
Ademais, a priorização dos interesses financeiros é outra causa para manutenção do revés. Para Bauman, os valores da sociedade estão sendo colonizados pela lógica de mercado. Esse pensamento pode ser relacionado com a persistência de analogias à escravidão no mercado de trabalho brasileiro, já que pessoas são sujeitas a um ambiente de trabalho semelhante ao sistema escravocrata, onde direitos são negados, tanto os que englobam a pessoa humana, quanto os referentes ao financeiro, como, por exemplo, salário. Dessa forma, é necessário acabar com essa priorização dos interesses financeiros em detrimento da pessoa humana, somente assim será possível o alcance de um Brasil equilibrado e justo.
Necessita-se, portanto, que soluções sejam tomadas e o tema tenha sua devida atenção. Para isso, cabe ao governo federal — responsável por garantir a democracia e ordem no país — direcionar verbas no combate a desigualdade social, por meio da criação de projetos que visem observar de perto a realidade da população brasileira na totalidade, podendo assim, sanar os problemas que a circunda. Paralelamente, é preciso existir uma investigação profunda para garantir que todos os empregados estão tendo seus direitos assegurados. Feito isso, os princípios da Constituição não ficarão apenas no papel.
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COMPETÊNCIA 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
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COMPETÊNCIA 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
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COMPETÊNCIA 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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COMPETÊNCIA 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
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