O documentário Estamira retrata a vida de uma mulher em situação de vulnerabilidade extrema, evidenciando as consequências da exclusão social e da negligência estatal no Brasil. Nesse contexto, esse cenário reflete a realidade de milhares de pessoas em situação de rua, que enfrentam a privação de direitos básicos, como moradia, saúde e segurança. Dessa forma, a desigualdade socioeconômica e a falta de políticas públicas eficazes agravam o problema, tornando essencial a busca por soluções.

Convém salientar, de início, que a omissão governamental é um grande obstáculo para resolver esse problema. Sob esse viés, o filósofo Henri Lefebvre, em seu livro, "Direito à Cidade", defende que todos devem ter acesso aos espaços urbanos e seus benefícios. No entanto, na prática, programas como "Minha Casa, minha vida" são insuficientes, pois ignoram necessidades como saúde mental e empregabilidade. Assim, a desigualdade econômica segue evidente na sociedade brasileira.

Além disso, o preconceito e a marginalização agravam essa questão. O sociólogo Zygmunt Bauman afirmava que pessoas vulneráveis são vistas como “resíduos” da sociedade, sendo ignoradas ou tratadas com indiferença. Esse estigma dificulta seu acesso a serviços básicos e oportunidades de trabalho. Assim, essa parcela da população é desvalorizada, comprometendo a dignidade de muitos cidadãos que vivem nessa realidade.

Portanto, é essencial criar planos para reduzir a inação social e estatal. Para isso, o Governo Federal, em parceria com as prefeituras, deve implementar programas habitacionais voltados à população em situação de rua, oferecendo moradia e qualificação profissional. Além disso, o Ministério da Educação deve promover campanhas midiáticas que desconstruam estereótipos e incentivem a empatia, tornando a sociedade mais inclusiva para esses indivíduos.

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