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Por yxmp
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"A maior riqueza do homem é a sua incompletude. Não quero ser um homem que apenas olha o relógio. Quero mudar o mundo usando borboletas." Manoel Bandeira, escritor da geração de 45, recorre à poesia como forma de retratar à introspecção. Ao transpor do viés artístico, nota-se que as borboletas, representadas por Bandeira, podem ser materializadas em um conjungo de atitudes, que visam à transformação social (trabalho de cuidado). A partir desse contexto, é imprescindível analisar os fatores que impedem a visibilidade das atividades de reprodução da vida e da sociedade exercido por figuras femininas no Brasil.
Nesse cenário, é válido destacar que a persistência de uma mentalidade colonial retrógrada é capaz de inferiorizar determinados grupos da sociedade. Isso ocorre, porque, desde 1500 o Brasil sofre um "Colonialismo Insidioso", isto é, as raízes do período colonial, que ainda persistem no cenário atual de maneira disfarçada (teoria estudada pelo sociólogo Boaventura de Souza Santos). Nessa perspectiva, o trabalho da mulher é, muitas vezes, desvalorizado e tratado como inferior, por ser principalmente exercido por uma minoria.
Ademais, a incapacidade de reconhecimento formal de trabalhos, que contribuem para o desenvolvimento do país, contribui para a problemática. Isso se deve pela maneira de gerir o Estado, segundo os interesses privados, conforme estudado pela historiadora Lilia Schwarcz na teoria "Patrimonialismo". Dessa forma, a desigualdade de renda se torna mais evidente por uma minoria que detêm poder político e escancara a invisibilidade de uma parcela da sociedade. Um exemplo disso, é o Brasil ser o oitavo país mais desigual do mundo, segundo o IBGE de 2023.
Portanto, é imprescindível a valorização do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil. Para isso, é necessário que o Poder Executivo Federal, mais especificamente o Ministério de Desenvolvimento Social, destine a verba orçamentária anual para a realização do projeto Cuidado Feminino, o qual destinará um aumento salarial (de maneira formal) as pessoas que trabalham em afazeres domésticos. A fim de que se torne reconhecido o trabalho exercido por uma minoria inferiorizada e que seja tratado como borboletas, tal como Manoel Bandeira.
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