O pensamento "Se queres prever o futuro, estuda o passado", do filósofo chinês Confúsio, expõe que para compreender a sociedade atual é preciso aprender que ela é formada por consequências do passado. A partir dessa perspectiva, é possível observar que a realidade brasileira se distância desse ideal social, uma vez que inúmeros indivíduos permanecem na situação de doenças psicológicas decorrentes da violência escolar. Desse modo, é imperioso destacar os principais propulsores desse contexto hostil: a negligência estatal e o retrocesso social.
Sob esse viés analítico, é essencial destacar, que a negligência por parte do Estado com a saúde psicológica nas escolas, afeta principalmente a comunidade estudantil. Esse cenário decorre do fato que, em oposição ao ECA, muitas crianças e adolescentes sofrem bullyng dando continuidade ao ciclo vicioso na estrutura decadente de saúde mental pública do Brasil. Logo é notório a indiferença do Estado com a parcela vulnerável de estudantes que sofrem com transtornos emocionais criados em ambiente escolar pela ausência de segurança.
Além disso, é válido ressaltar que o declínio da sociedade potencializa essa conjuntura. Nessa perspectiva, é incoerente que escolas públicas não tenham assistência psicológica para alunos, professores e funcionários, visto que 82,9% dos futuros adultos brasileiros estão efetivamente matriculados nestas instituições de ensino. Dessa forma, é imprescindível combater a falha do poder público, uma vez que a nação depende disso para ter uma boa base intelectual.
É evidente, portanto, a necessidade de medidas que solucionem a saúde mental e os transtornos associados à violência escolar. Por isso, o Ministério da Saúde em parceria com o Ministério da Educação deve, por meio de campanhas com profissionais da área da saúde, auxiliar o Estado no que se refere a necessidade de assegurar direitos básicos como saúde e segurança afirmados pela Constituição Federal e reafirmados pelo ECA, a fim de que o acesso a saúde mental seja garantido para todos das instituições públicas escolares. Assim o ideal do filósofo confúsio será, de fato, uma realidade no país.