No Brasil, os povos indígenas já habitavam o país com sua própria cultura, religião e costumes, antecedendo a chegada dos europeus, tornando esses primeiros nativos irrelevantes e negligenciados. Conforme o artigo 6° da Constituição Federal, todos os cidadãos possuem direito à educação, mas é evidente que o ensino para tais grupos carentes vem enfrentando diversos obstáculos. Esses desafios a serem citados são a negligência por parte do governo e a falta de acesso facilitado para o estudo.
Nesse sentido, é possível notar que a indiferença que surge do governo para com os nativos gera uma exclusão por parte da sociedade que sem entender os seus próprios direitos, não possuem participação nos processos políticos, por exemplo. Com isso, uma pesquisa realizada pelo IBGE, em 2016, evidencia esse descaso apontando que 63% dos indígenas não conseguiram financiamento pelos programas Fies ou ProUni. Consequentemente, gerando e persistindo com a ignorância desses povos.
Ademais, outro dos desafios enfrentados pelos povos indígenas ao buscarem por educação é o acesso restringido devido aos locais em que esses grupos, sem lutar pelos seus direitos, uma pesquisa apresentada pelo MEC mostra haver apenas 2900 escolas que oferecem ensino aos nativos nas aldeias. Muitas povoações se localizam em florestas isoladas do centro urbano, tornando complexo chegarem a uma escola inacessível.
Portanto, para evitar que esses obstáculos sobre o ensino para os povos indígenas perdure, é preciso que o Ministério da Educação (MEC) — corpo responsável pelo ensino aos cidadãos — tome iniciativas para investir em escolas. Isso deverá ocorrer construindo-as nas aldeias e contratando professores que atendam as necessidades e respeitar os costumes tradicionais dessa comunidade. Com mais instituições de educação e acesso mais facilitado, esse povo tradicional terá a oportunidade de conhecer seus direitos e usufruir da sua cidadania.