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Por nata15
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Guerra às drogas

A guerra às drogas chega ao Brasil inspirada pelo discurso do então presidente dos EUA Richard Nixon de 1971, onde ele afirma que o abuso de substâncias é seu inimigo número 1. Mas em nosso país, ela também representava uma oportunidade de repressão das revoltas da classe trabalhadora e hoje em dia continua sendo uma forma de expurgar minorias, contudo os alvos agora são a população periférica e negra. As consequências dessa violência estatal sem escrúpulos estão na taxa de jovens negros assasinados pela polícia e o encarceramento em massa, mas jamais obtendo êxito em acabar com o tráfico que é
A operação policial mais letal aconteceu no dia 6 de maio de 2021 na comunidade do Jacarezinho, a notícia divulgada pelo G1 relata que houveram 28 óbitos, dentre esses 1 policial civil. Na época, as operações nas favelas estavam suspensas por conta da pandemia, mas a polícia afirma que o ministério público foi avisado, conforme era determinado pelo STF. A intervenção foi realizada com o objetivo de prender traficantes, mas resultou em mais uma chacina na periferia. Segundo o portal de notícias, os moradores da comunidade afirmam que houveram mais corpos do que o divulgado pela polícia e também a invasão de casas e apreensão de celulares. Após um ano dessa fatalidade, as investigações em cima dessas mortes foram arquivadas.
O Brasil possui a 3° maior população carcerária do mundo, e após a nova lei de drogas de 2006 a população de detentos aumentou 339% segundo estudos e dados do SISDEPEN (2020). De acordo com o mesmo sistema, 32,9% do total de detidos são relacionados ao tráfico de drogas, além disso 66,31% dos cativos são negros ou pardos e 21,22% jovens entre 18 e 24 anos.
Podemos perceber então, que mesmo com o aumento de prisões de pessoas relacionadas ao tráfico e até mesmo o extermínio delas, as drogas não acabaram e nem sequer deram indícios de algum recuo. Sendo assim, a guerra às drogas se mostra apenas um bode expiatório, uma desculpa penosa de um racismo velado e institucionalizado de uma sociedade confortável com o genocidio de minorias vulneráveis. As drogas e suas terríveis consequências poderiam ser dissipadas, mas com políticas públicas efetivas e realmente com o objetivo de salvar dependentes e não varre-los para baixo do tapete.
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