A desigualdade trata-se de uma infeliz experiência vivenciada majoritariamente pelos brasileiros. A aporofobia é como um desacato a esse problema social, se esse comportamento elitista for disfarça em um diagnóstico psicológico, pode-se considerar a permanência do problema enfrentado. A condição financeira, atualmente está correlacionada a condição racial e a condição de gênero, que se incentivada reforça a desigualdade, o racismo e a misoginia.
A constituição de 88 alega que somos todos iguais sem nenhuma distinção, quando aderimos ao discurso em defesa da aporofobia estamos sendo coniventes com discursos segregacionistas que opõe-se a legislação. O destrato as pessoas menos favorecidas do nosso país se deve estritamente a processos históricos e a perpetuação de valores discriminatórios, incentivados principalmente pela população privilegiada e comumente reproduzido pelas vítimas da situação ( comunidades de baixa renda).
Pontuando, que discursos como os quais que defendem a aporofobia são apenas um dos males que deve ser combatido,conjuntamente à eles temos as questões raciais, onde as populações negras, pardas e indígenas se encontram nesse espaço de " menos afortunados". Vivenciamento ocorrido pela exploração cometida à essas populações durante o período colonial e ao abandono continuo após esse momento tão marcante. Nossa nação coleciona vítimas da desigualdade social, que sofrem com a falta de educação e saúde de qualidade, alimentação, assistência básica, problemas que sempre estiveram presentes na sociedade brasileira.
Argumentos abordados no texto se comprovam em espaços periféricos e em artes de origem periférica, como o RAP, o grafite, o funk, que relatam essas vivências. Um exemplo é o canal de YouTube de rimas slam, um espaço no qual jovens vítimas dessa injustiça deixam sua voz e seus relatos. Algumas das poesias mais famosas citam -por que o rico pode e o pobre não pode?-, - vai ter mais preto na faculdade sim, do que na delegacia!-, para acabar com essa situação devemos primeiramente, desconsiderar discursos como o da aporofobia, divulgar a verdade, exigir medidas pública e consequências judiciais a quem pregue o preconceito, incluir esse estudo as instituições de ensino, em mídias digitais, mídias televisivas, trazer o problema à evidência para a solução ser trabalhada em conjunto.