O processo de escravidão no Brasil, e a marginalização de pessoas negras, acarretou na formação de favelas. Dessa forma, por falta de melhores opções, grande parte da população periférica recorreu ao tráfico. Nesse contexto cruel, é importante compreender há preconceitos em relação a usuário, o que é atenuado contra dependentes pretos, como também a atuação da polícia nos morros.
Nessa perspectiva, é válido ressaltar que o usuário é uma pessoa que precisa de ajuda e não um criminoso, Porém o entendimento da sociedade brasilira se mostra diferente, principalmente se o usuário for uma pessoa negra. pode-se citar por exemplo a forma como os noticiários abordam os viciados, e a clara distinção que fazem quando o portador do entorpecente é uma pessoa de cor.
Ademais, é válido salientar que a atuação da polícia nos morros é violenta e promove a morte de inocentes. Pode-se citar por exemplo, o caso da Ágata Félix, menina negra de 10 anos que foi morta por uma bala perdida durante uma intervenção no morro. Consequentemente, a atuação da polícia nos morros reforça a ideia de que no Brasil do século XXI, basta ser preto, pobre e periférico para virar estatística.
Portanto, são necessárias medidas para mitigar essa problemática. Para tanto, é preciso que o governo federal, em parceria com o ministério da educação ( MEC ) e as secretarias municipais, promova um projeto de educação para populações marginalizadas, por meio da criação de escolas técnicas e cursos profissionalizantes, com o intuito de dar a eles ferramentas que tragam oportunidades de mudar de vida. Apenas assim, haverá a devida reparação história para essa gente.