A Declaração Universal Dos Direitos Humanos, promulgada pela ONU em 1948, garante a todos os indivíduos o direito à segurança e o bem-estar. Entretanto, a violência contra os idosos impossibilita que essa parcela da população desfrute desse direito universal na prática. Nessa perspectiva, o problema persiste tanto pelo afastamento social quando as pessoas chegam na velhice, como também pelos interesses financeiros.
Em primeiro lugar, deve-se lembrar que durante anos, os idosos eram tratados de forma respeitosa e com certo apreço e admiração. Entretanto, com o tempo houve diversas mudanças na estrutura familiar e cada vez mais, os idosos foram sendo deixados de lado pelas novas gerações de suas famílias, sendo não só abandonados, como também vítimas de violência dos mesmos. De acordo com o Disque 100, em 2019 houve um aumento de 13% em denúncias de violências contra pessoas idosas. Logo, entende-se que a sociedade, gradativamente, vem esquecendo a importância que esses cidadãos tiveram para ela.
Em segundo lugar, destaca-se os interesses financeiros como impulsionador do problema. Com intuito de usufruir dos benefícios que vem com a idade, como aposentadorias e pensões, muitos familiares ou responsáveis acabam optando pela presença da pessoa no dia a dia, mas não concedendo seus direitos básicos. Portanto, o indivíduo faz parte do ambiente familiar, porém, sendo maltratado por que o abriga.
Portanto, há urgência de findar essa problemática notória na estrutura do Brasil. Cabe, então, ao Ministério da Cidadania, responsável pelo intersetorial das políticas de promoção e proteção dos direitos humanos no país, promover ações que visam alertar a sociedade sobre a violência contra os idosos, através de palestras e debates que devem contar com a presença tanto da sociedade de forma geral quanto dos idosos. Espera-se, assim, que a problemática seja resolvida.