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Por miquelin
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A obra “Brasil, um país do futuro”, do escritor austríaco Stefan Zweig, apresenta o encanto do dramaturgo pelo Brasil após sair da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Caso fosse escrita na atualidade, certamente a literatura em questão não seria intitulada da mesma forma, devido a questões como a violência no trânsito brasileiro. Nesse contexto, a falta de educação e respeito dos motoristas e o alcoolismo corroboram com a perpetuação do problema, tornando-se imperioso intervir em seu prosseguimento.
Em primeira análise, a falta de educação e respeito dos motoristas é um fator de sustentação desse panorama contraproducente. Nesse viés, de acordo com a polícia rodoviária federal, a educação para o trânsito é uma das principais ações na orientação dos esforços institucionais de redução dos riscos no trânsito, pelo seu potencial preventivo baseado na mudança comportamental. Com base na pesquisa do website Segurança da Família, cerca de 7 mil crianças brasileiras com idade até 7 anos ficam sequeladas, anualmente, com membros amputados e têm a sua vida modificada desde muito cedo. Sequelas físicas ou neurológicas, e, principalmente, as sequelas emocionais que desencadeiam, síndrome do pânico e transtorno de estresse pós-traumático, são as consequências mais comuns na violência no trânsito. Logo, fica clara a necessidade de alteração desse quadro adverso que afeta o bem estar social.
Em segunda análise, vale destacar que esse óbice social ocorre como subproduto do alcoolismo. Sob essa ótica, o Ministério da Saúde revela que 10.887 pessoas perderam a vida em decorrência da mistura de álcool com direção em 2021, o que dá uma média de 1,2 óbito por hora. O álcool pode afetar a coordenação motora, a visão, a percepção de riscos e a tomada de decisões. Assim, surge a demanda por alternativas que reduzam os efeitos dessa mazela entre os brasileiros.
Logo, medidas são necessárias para alterar esse cenário, o Sistema Nacional de Trânsito (SNT) juntamente com o MEC, devem desenvolver palestras em escolas, para alunos do ensino médio, por meio de entrevistas com vítimas de acidentes de trânsito, bem como especialistas no assunto. Tais palestras devem ser webconferências nas redes sociais, com o objetivo de trazer mais lucidez e informação sobre o assunto, e atingir um público maior. Podem ainda, desenvolver leis mais severas e eficazes para aqueles que causarem mortes e acidentes, e proibir penas de serem convertidas. Melhorar a vigilância no trânsito, colocando em todas as rodovias brasileiras, viaturas disponíveis 24h por dia. E dobrar o número de viaturas em datas comemorativas.
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