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Por dbr7521
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Na obra "Utopia" do autor inglês Thomas More, retrata-se uma sociedade perfeita, na qual o corpo social se padroniza pela ausência de conflitos e problemas. Fora da ficção, se observa que a realidade contemporânea é o oposto ao que o autor prega, uma vez que as desigualdades sociais nas desigualdades escolares apresenta barreiras que dificultam a concretização dos planos de More. Esse cenário antagônico é fruto tanto da ausência estatal quanto da disparidade de oportunidades entre estudantes de níveis socioeconômicos diferentes.
Precipuadamente, é fulcral pontuar que a distribuição desigual de conhecimento devido a fatores socioeconômicos deriva da baixa atuação de setores governamentais, no que concerne a criação de mecanismos que coíbam tais recorrências. Segundo o pensador Thomas Hobbes, o estado é responsável por garantir o bem-estar da população, entretanto, isso não ocorre no Brasil, devido à falta de atuação das autoridades, mais de 80% dos alunos do ensino básico no país estão na rede pública. Conforme o Ministério da Educação, a taxa de reprovação e abandono de quem cursa essa fase nas escolas públicas é dez vezes maior do e a de estudantes de redes privadas, e isso deve pelo fato de não haver políticas públicas que dão suporte à esses alunos. Dessa forma, faz-se mister a reformulação dessa postura estatal de forma urgente.
Ademais, é imperativo ressaltar a disparidade de oportunidades promotor do problema. Consoante o subsecretário de Política Fiscal Erick Figueiredo, ainda sobre o ensino durante a pandemia, as pessoas com baixa renda têm problemas para obter um computador, conexão de internet com qualidade e ainda um ambiente adequado para estudar em casa. Partindo desse pressuposto, essa situação de desigualdade educacional prejudica o desenvolvimento acadêmico, a motivação e permanência na escola. Além disso, também reduz as chances dos estudantes ingressarem no ensino superior, conseguirem empregos melhores e de participarem de uma vida social e política no país. Tudo isso retarda a resolução do empecilho, já que, a desigualdade de acesso contribui para a perpetuação desse quadro deletério.
Ademais, medidas exequíveis são necessárias para conter o avanço da problemática, necessita-se, urgentemente, que o Tribunal de Contas da União direcione capital, que por intermédio do Ministério da Educação, será revertido em políticas públicas de educação, através da ampliação de oferta de bolsas de estudo, apromoramento da infraestrutura das escolas e promoção à inclusão e equidade educacional. Desse modo, atenuar-se-á, em médio e longo prazo, o impacto nocivo das desigualdades sociais nas desigualdades escolares, e a coletividade alcançará a Utopia de More.
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