Observa-se que, a exploração do trabalho é um fenômeno que, apesar de ser amplamente discutido e criticada ao longo da história, persiste com novas nuances na sociedade contemporânea, a qual por meio da globalização, avança suas formas, adaptando-se e camuflando-se sobre a fachada de empregos "flexíveis" e "modernos".
Nesse viés, Paulo Freire, em uma de suas situações diz: " Eu não aceito que a ética do mercado, que é profundamente malvada, perversa, a ética da venda, do lucro, seja o que satisfaz ao ser humano." Nisso compreende-se o quanto a visão socioeconômica da maioria das pessoas, foram distorcidas pelo objetivo capitalista, de que o trabalho é unicamente para fins lucrativos, o que leva muitas pessoas a recorrer a "economia de bico" onde os trabalhadores muitas vezes enfrentam inseguranças quanto ao seus rendimentos e condições de trabalho.
Por conseguinte, vê-se dados como os de 2021 onde 772 trabalhadores foram resgatados em situação análoga a escravidão no Brasil. A conta foi feita pelo MPT ( Ministério Público do Trabalho) o valor representa mais de 80% de todos os casos registrados em 2020 pelo órgão: 942. Dentre as várias consequências da exploração do trabalho, pode-se citar o rebaixamento salarial, retirada de direitos trabalhistas, privatização de políticas sociais e o crescimento de impostos regressivos .
Cabe aos órgãos públicos, como o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) incentivar o combate à exploração no trabalho através de denúncias e campanhas de conscientização e mobilização para tal, beneficiando assim a classe dos trabalhadores com condições melhores e justas de trabalho.