De acordo com o conceito trabalhado pelo filósofo inglês John Locke, os indivíduos cedem a sua confiança ao Estado, que, por outro lado, deve garantir os direitos básicos a eles. No entanto, no Brasil, tal contrato é diariamente quebrado na medida em que as autoridades não ofertam medidas de segurança às pessoas idosas. Sob essas circunstâncias, existem altos índices de violência contra os idosos, afetando a vida das pessoas tanto fisicamente quanto mentalmente.
Em vista disso, o escritor inglês Aldous Huxley, argumenta que "Os fatos não deixam de existir só porque são ignorados". Essa fala evidencia que, apesar do Estado não dar a devida importância à violência contra a pessoa idosa, ela continua ocorrendo. Diante da ineficiência do Estado, os idosos acabam sofrendo muitas vezes agressões físicas dos seus próprios parentes ou por pessoas contratadas para cuidarem delas, isso acontece muitas vezes pelo motivo de serem idosos e precisarem de apoio.
Além disso, a displicência da família e da mídia também alimenta a problemática. Nesse viés, segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, algumas instituições deixaram de exercer suas funções, operando como "zumbis". As posturas negligentes da mídia e da família expõem suas faces "zumbificadas". A mídia não cumpre o seu dever de expor a violência contra os idosos para a sociedade, e a família muitas vezes coloca os idosos em casas de repouso sem saberem as procedências desses locais, descumprindo o seu dever social de cuidar dos idosos.
Infere-se, portanto, a necessidade de combater os problemas enfrentados pela violência aos idosos. Para isso, é necessário que o Estado, em parceria com a mídia, invista em campanhas de conscientização contra a violência aos idosos. Essas campanhas devem ser transmitidas nas redes sociais e televisão, com a finalidade de expor as violências enfrentadas pelos os idosos.