Chamada de "cidadã", a Constituição Federal foi promulgada em 1988 com o juramento de garantir os direitos de todos os brasileiros, por ser vista como um passo no processo de redemocratização. No entanto, não obstante a garantia constitucional, deve-se notar que a inclusão é uma falha no princípio de isonomia, em decorrência da sociedade não praticar o equilíbrio dos direitos sociais. Sendo assim, pode-se demonstrar que a desvalorização de grupos pela sociedade tem raízes amargas no país que são motivadas tanto pelo preconceito, quanto pela limitação de acesso.

Em primeiro lugar, uma das causas da questão é o desserviço do Estato. Sob essa perspectiva, segundo o artigo sexto constitucional, deve-se garantir os direitos sociais e básicos do indivíduo. No entanto, ao examinar o contexto nacional, há uma lacuna entre a teoria e a prática nacional, uma vez que se desrespeitam os direitos do indivíduo. Com isso, é intolerável que esse comportamento ainda ocorra no Brasil em pleno século XXI.

Ademais, verifica-se a limitação de acesso aos direitos e oportunidades de diferentes grupos pela sociedade como mais causas do revés. Sob esse viés, conforme a obra "Vidas em Fronteira", de Eliane Brum, se enfatiza a importância da empatia e da solidariedade. Logo é inadmissível que a desvalorização de grupos pela sociedade ainda persista no Brasil.

Infere-se, portanto, a necessidade de
enfrentar as questões causadas tanto pela negligência governamental quanto pela influência da mídia. Para isso, é necessário que o governo, cuja função é regrar e organizar a sociedade, providencie a implementação de políticas públicas com incentivo a participação "cidadã", por meio da criação de conselhos comunitários. Portanto, o objetivo dessa medida é melhorar a igualdade e, como resultado, amenizar a falta de inclusão. Com isso, os brasileiros finalmente reconhecerão o direito garantido constitucionalmente como uma realidade.