Em acordo com a Constituição Federal Brasileira proclamada em 1988, assegura que todos são iguais perante a lei. Nesse sentido, no Brasil, a realidade contemporânea revela que nem todos possuem seus direitos respeitados. Sob esse viés, fatores como a desigualdade social e a lacuna educacional intensificam as dificuldades para a valorização da herança africana e retarda a resolução e melhora desse empecilho.
Sob esse prisma, a desigualdade social auxilia na permanência da invisibilidade da cultura negra no país. Assim, como na obra 'Quarto de Despejo' de Carolina Maria de Jesus, é visível como a diferença de classes sociais afeta diretamente no seu cotidiano. A obra nos mostra a dificuldade financeira que Carolina e seus três filhos enfrentam e ainda conta sobre o preconceito que sofre pela cor da sua pele, no qual orgulha-se de sua história e antepassados. Contudo, a invisibilidade da identidade negra pode encobrir as histórias e a herança que trazem dos seus antepassados.
No entanto, as instituições de ensino, em razão de conceitos pré-existentes, não elaboram fatos históricos da cultura africana, consequentemente fazendo com que a herança africana permaneça invisível. Com base na ideia de Paulo Freire, o educador afirma que a educação envolve a sociedade, porém sem ela, tampouco, a sociedade mudará para melhor. A partir dessa afirmação, percebe-se que com a falta de conhecimento sobre a luta de povos africanos tampouco será valorizado os ensinamentos e preciosidades que a cultura nos apresenta.
Portanto, é necessário que ações sejam realizadas para a valorização de patrimônios culturais da etnia africana. Para isso, é necessário que o Governo Federal com o auxílio do Ministério da Educação deverão implantar medidas na educação, para que se obtenha conhecimento sobre a história da identidade africana no Brasil, também com a formação de docentes aptos para exercer tal objetivo.