A série "Olimpos", da Netflix, mostra um dos personagens sofrendo violências verbais, após beijar um homem. De maneira análoga, o cenário retratado continua sendo muito comum no Brasil, para as pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais, Queens, intersexuais e etc (lgbtqia+). De tal modo sentem medo de se assumirem e sofrer algum tipo de violência sendo ela verbal ou física.
Diante disso cabe refletir acerca da inoperância estatal e a influência midiática, para proporcionar uma proteção à comunidade lgbtqia+.
Nesse contexto, é válido considerar a negligência estatal como principal fator catalizador para a proteção dessa minoria. Segundo o artigo 5° da Constituição Federal de 1988. "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza". Sob essa ótica é nítido que não ocorre na prática, o número de mortos dessa população só aumenta e o Estado não age a respeito. Não há medidas válidas para a proteção desse grupo, assim, tornando-se evidente a falta de segurança eficaz para essa minoria.
Ademais, é relevante considerar a influência midiática como uma causa direta da falta de proteção da população LGBTQIA+. De acordo com Judith Butler filósofa norte-americana. "O gênero é uma construção social, não algo fixo". A partir disso, percebe-se que a sociedade impõe padrões e limita o que foge do "tradicional " e as mídias -redes sociais-, é o principal modo de influenciar, taxando como pessoas anormais e muitos usam a religião, onde falam que Deus criou apenas o homem e a mulher para formar um casal. Pessoas que acreditam nessa tese geralmente não respeitam o grupo e praticam violências e impede de exercer cargos. Logo é notório a discriminação.
Portanto, torna-se claro os desafios das pessoas que não se identificam com o gênero, imposto pela sociedade e a necessidade de combatê-los. Dessa maneira é imperativo que o Governo Federal -como órgão máximo-, atue disponibilizando verbas. Isso deve ocorrer através de novas leis para punir o uso de ofensas e abusos contra esse grupo, um disque denúncia para individuos que sofram ou presenciam algum tipo de lgbtFobia e realize palestras gratuitas para espalhar o respeito, a fim de conscientizar as pessoas sobre diferentes sexualidades/gêneros, que todos têm suas escolhas e que devemos sempre respeitar e aceitar independente da sexualidade ou gênero. Assim a situação apresentada na série "Olimpos" serão cada vez mais raras.