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Por ferconcursou
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O prolongamento da vida humana sempre se apresentou como uma questão relevante para os seres humanos. Desde os primórdios com os alquimistas até os dias atuais, a busca pelo aumento da expectativa de vida é objeto de inúmeros estudos que têm o intuito de alcançar a "imortalidade". Contudo, há que se considerar os problemas provenientes do aumento dos anos vividos, um vez que tal realidade prejudicaria a demografia, a economia e a ordem social no geral.
Ao longo dos anos, com a evolução da tecnologia, grandes feitos na saúde foram alcançados, os quais prolongaram a vida de muitas pessoas. Doenças como a febre amarela, que antes dizimavam uma parcela da população, hoje são combatidas com vacinas e são praticamente ínfimas. Tratamentos e medicamentos prolongam a vida de pessoas que, no passado, quando acometidas por uma moléstia, faleceriam em poucos anos. Diante de tais conquistas pesquisadores endossam a ideia de que o ser humano tem a capacidade de viver por mais tempo. Contudo, vale o questionamento a respeito de como esse aumento na expectativa de vida afetaria o desenvolvimento da vida em sociedade.
É fato que o caminhar do relógio biológico prejudica as funções motoras e cognitivas, ainda que incrementado por medicamentos, vitaminas e demais alternativas positivas à saúde. Ou seja, ainda que a expectativa de vida aumente, a capacidade funcional do idoso nem sempre aumentará, fazendo com que aquela pessoa se torne dependente do sistema assistencialista. Com isso, o aumento do número de idosos prejudicaria o funcionamento do sistema atual, uma vez que este não está preparado para absorver esse contingente populacional que, via de regra, não terá capacidade produtiva para se sustentar. Tal cenário agravaria a situação da prejudicada da economia do pais.
Dessa forma, mais do que estudar a respeito do prolongamento da vida humana, deve-se pensar em como acolher e possibilitar uma vida digna àqueles que viverem por mais anos. Para isso há que se repensar todo o sistema assistencialista do país, englobando desde o período contributivo até os benefícios concedidos. Um aumento na rigorosidade da concessão e fiscalização dos benefícios poderia conceder certo fôlego ao sistema para que este possa absorver os idosos e assisti-los melhor no fim de suas vidas, quando eles não mais puderem contar com si mesmos. O incentivo à educação financeira para os mais jovens também pode ser explorado, para que eles possam cuidar com suas economias pensando no futuro, para assim não precisar depender de assistência governamental.
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