O filme "M-8" retrata a história de um jovem negro que ingressa na faculdade de medicina, a obra relata as adversidades e preconceitos que o jovem sofre durante sua jornada. Infelizmente, a obra ainda que ficcional apresenta a realidade de muitos enfrentam julgamentos infundados que perduram ainda nos tempos atuais.
Durante a obra "M-8" ocorre a aparição de um terreiro (local destinado a práticas religiosas afrodescendentes), cultos como esses são terrivelmente descriminados decorrente de um descaso populacional com a cultura afrodescendente, que é uma das raizes prevalecentes do povo brasileiro, deste modo, é evidente que a proteção desses espaços religiosos é essencial para a manutenção da herança africana, visto que, ainda possuem suas práticas ritualísticas.
Diante disso, é válido ressaltar a negligência estatal diante a valorização da cultura africana no Brasil, Castro Alves foi, senão, o pioneiro na literatura abolicionista brasileira, porém, mesmo que suas obras sejam importantíssimos para reconhecer as origens brasileiras, não há estímulo literário dessas por meio estatal, o que dirige a população a ignorância sobre as memórias africanas na construção da sociedade brasileira.
Portanto, cabe aos órgãos governamentais como o Ministério da Educação (M.E.C) juntamente ao poder governamental mediar campanhas literárias, com a distribuição de livros e palestras sobre a cultura afrodescendente em prol da expansão dos conhecimentos, fazendo com que dessa forma sejam reconhecido e valorizados pela população. Além da criação de exposições de patrimônio material no Museu Afro-brasileiro para conscientizar a população sobre suas origens e dessa forma fazer com que o povo brasileiro comece a se reconhecer ainda mais.