O filme Wall-E (2008) retrata um futuro em que a humanidade, dominada pela tecnologia e pelo consumo excessivo, vive de forma totalmente sedentária e obesas. Analogamente à obra citada observa-se no Brasil contemporâneo, o crescimento da obesidade como um dos maiores desafios de saúde pública, impulsionado, sobretudo, pelo uso excessivo da tecnologia e pela falta de habitos saudáveis. Nesse sentido, cabe analisar a negligência estatal e a influência da tecnologia no aumento desse problema.

Diante desse cenário, evidencia-se a carência de políticas públicas voltadas para essa população. Segundo Émile Durkheim, em sua obra sobre o fato social, o indivíduo tende a replicar as ações comumente vistas em seu meio. Dessa forma, nota-se que o comportamento do brasileiro corrobora com o pensamento do sociólogo, visto que com a ausência de incentivos governamentais à prática de exercícios físicos e a alimentação equilibrada, em consequência, a população, tende a adotar habitos sedentários e se tornando obesos.

Ademais destaca-se a influência da tecnologia para o crescimento desse problema. Sob essa ótica, a Constituição Federal de 1988 garante o direito a saúde como dever do estado e um bem de todos. Entretanto, verifica-se que a realidade, diverge da teoria, pois grande parte da população desconhece os riscos associados ao uso excessivo de tecnologia e à inatividade física, o que demonstra a falha na divulgação de informações e na educação preventiva sobre o tema.

Portanto, torna-se, imprescindível a intervenção nesse cenário conflituoso. Nesse sentido, o Ministério da Saúde e Educação devem promover campanhas nas escolas e redes sociais para incentivar hábitos saudáveis e uso responsável da tecnologia, com objetivo de reduzir a obesidade. Somente assim será possível evitar que a realidade humana se assemelhe à realidade retratada em Wall-E