Na obra "Utopia", Thomas More descreve uma sociedade ideal, longe de problemas e dificuldades onde a justiça e igualdade prevalecem sobre todos cidadãos. No entanto, na realidade brasileira marcada pela desigualdade e ineficiência estatal, é possível identificar dificuldade no acesso a justiça e cidadania. Como à ausência de políticas públicas eficazes, esse problema acarreta na perpetuação da injustiça e exclusão de população carente, e afasta a sociedade da utopia proposta por More.

Inicialmente, a Constituição Federal de 1988, prevê que o estado deve garantir direitos básicos à população, como justiça e igualdade. Entretanto, em relação à desigualdade no acesso a justiça e cidadania, causada pela ineficiência e falta de fiscalização adequada para tais direitos fundamentais, como à falta de saneamento básico que é praticamente inexistente no cotidiano dessas pessoas, acarretando na quebra de um direito fundamental prescrito na constituição.

Ademais, pode-se citar o ocorrido dos moradores de Maceió, do bairro Pinheiro terem perdidos suas residências, onde viveram vidas inteiras, em um pequeno decorrer de tempo, por culpa da empresa Braskem, que realizou exploração indevida do mineral salgema, como consequência afetou o solo e causou a perda das residências. Muitos dos residentes após perderem suas casas ficaram desabrigados e sem nenhum apoio da prefeitura de Maceió ou da empresa Braskem, realizando uma quebra do direito de cidadania, e comprovando a ineficiência estatal ao não ajudar a população necessitada.

Portanto, é imprescindível que o Governo Federal, juntamente dos ministérios, formulem políticas públicas eficazes, e forneçam os direitos fundamentais a toda população de maneira igualitária e justa. Ademais, é necessário que o órgão responsável, Ministério da Justiça, fiscalize se os direitos estão sendo seguidos. Com esforços governamentais junto dos ministérios, é possível que não haja mais desigualdade no acesso à justiça, e que possa avançar em direção da utopia proposta por Thomas More.