o discorrer sobre tristeza em tempos de felicidade compulsória, é de suma importância analisar alguns aspectos relacionados a essa temática. Nesse contexto, destaca-se que as pessoas mostram uma felicidade para outras que não condiz com a sua realidade. Além disso, mostra-se que as relações sociais são formadas por condições sociais, onde a tristeza não pode estar perto e apenas a alegria existe, como nas redes sociais.

Em primeira análise, cabe salientar os impactos na saúde mental que isso pode trazer, como a depressão e a ansiedade que a cada ano aumentam. Dessa forma, mostrar ao outro que está bem é uma forma de não querer demonstrar a tristeza que está sentindo, já que nas relações atuais, o importante é a aparência, como dizia o filósofo Guy Debord em uma de suas frases "o cansaço é uma resposta do corpo para o excesso de positividade e cobrança que a sociedade impõe". O filósofo acreditava que as pessoas vivem em um mundo de "imagens".

Além disso, vale ressaltar o papel das redes sociais no modo em que as relações atuais se formam. Desse modo, os aplicativos como Facebook, Instagram e Snapchat, são usados frequentemente para mostrar a alegria das pessoas no dia a dia. Consoante a isso, outros usuários olham as postagens e se comparam com o "estar bem" que veem. Dessa forma, observa-se que quem demostra felicidade exagerada, pode não estar bem, e isso se torna um problema, já que vai formando uma bola de neve, ao se compararem com a "falsa felicidade" que observam do outro.

Diante do exposto, é perceptível a importância de se ter uma saúde mental saudável. Portanto, faz-se a necessária a tomada de medidas com o intuito de incentivar o cuidado com a saúde mental, como políticas públicas, como programas sociais e psicólogos para cuidar de pessoas que estejam com problemas mentais devido à tristeza.