Diante desse cenário, a falta de consciência social e ambiental por parte dos brasileiros agrava o problema. Nesse viés, embora o artigo 225 da Carta Magna assegure o direito ao meio ambiente equilibrado, o Brasil ainda está distante de vivenciar tal realidade, principalmente devido ao preconceito estrutural. Esse problema se manifesta nas enchentes que afetam desproporcionalmente as comunidades negras e pobres, como as famílias que habitam encostas e regiões ribeirinhas - necessariamente mais vulneráveis às chuvas. Assim, é inaceitável que as injustiças ambientais recaiam sobre etnias e populações já economicamente fragilizadas.
Ademais, a inércia estatal motiva a continuidade da problemática do racismo ambiental. Nesse sentido, Norberto Bobbio -- expoente filósofo italiano -- afirma que as autoridades deveriam não apenas ofertar os benefícios da lei, mas também garantir que a população usufrua deles na prática. Sob essa lógica, a partir do raciocínio de Bobbio, o Estado precisa não apenas criar políticas públicas de sustentabilidade, mas também mitigar o racismo ambiental. Essa falta de iniciativa estatal é evidenciada pela ausência de fiscalização adequada nas áreas mais vulneráveis a desastres climáticos e pela falta de saneamento, drenagem pluvial e coleta de lixo direcionadas a comunidades marginalizadas. Desse modo, enquanto a omissão estatal for a regra, a justiça será exceção no Brasil.
Em suma, o racismo ambiental é uma questão urgente que demanda nossa atenção e ação imediata. É imperativo que reconheçamos as desigualdades que persistem em nosso meio ambiente e trabalhemos coletivamente com projetos pedagógicos e sociais para erradicá-las. Somente assim poderemos garantir um futuro onde todas as comunidades, independentemente de sua origem racial ou étnica, tenham acesso igualitário a recursos naturais e um ambiente saudável com drenagem pluvial e recolhimento de lixo A luta por justiça ambiental é, acima de tudo, uma luta pelos direitos humanos, e cada passo dado nessa direção nos aproxima de uma sociedade mais justa e equitativa.
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C1 norma-padrão
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita, ou seja, apresenta um texto com boa estrutura sintática, com poucos desvios de pontuação, de grafia e de emprego do registro exigido.
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C2 Compreensão da proposta
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.
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C3 seleção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, ou seja, os argumentos, embora ainda possam ser previsíveis, estão organizados e relacionados de forma consistente ao ponto de vista defendido e ao tema proposto, e há indícios de autoria.
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C4 construção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
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C5 Proposta de Intervenção
Você atingiu aproximadamente 60% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora, de forma mediana, pouco consistente, proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
O texto apresenta uma boa argumentação sobre racismo ambiental, mas pode ser aprimorado em alguns pontos. Para a Competência 1, revise frases como "o Brasil desrespeita os objetivos propostos na convenção sendo encoberto pelo silêncio da sociedade e do Estado", que podem ser reescritas para melhorar a clareza. Para fortalecer a Competência 3, sugiro organizar melhor os argumentos em parágrafos distintos, cada um focando em um aspecto específico do racismo ambiental. Na Competência 5, elabore uma proposta de intervenção mais clara: por exemplo, "o governo deve implementar programas de saneamento básico com foco nas comunidades vulneráveis". Isso dará mais clareza e efetividade à sua proposta.
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