“O pior mal é aquele ao qual nos acostumamos”. A afirmação, atribuída ao filósofo francês Jean-Paul Sartre, pode facilmente ser aplicado ao racismo presente no Brasil, já que é justamente a falta de incômodo social diante do crescimento desse empecilho que fortifica um regresso negativo para a nação brasileira. Nessa pespectiva, essa ausência de interesse tem como origem inegável a normalização do ato. Dessa forma, não só o governo não dá importância no combate como também a sociedade colabora para a normalizar esse quadro problemático.
Precipuamente, é crucial pontuar que o racismo estrutural deriva da baixa atuação dos setores gorvenamentais , ao que refere-se a criação de mecanismo que coíbam tais recorrências. Segundo o pensador Thomas Hobbes, o estado é responsável por garantir o bem-estar da população, contudo isso não ocorre no Brasil. Devido a falta de atuação das autoridades em punir as pessoas que cometem tal crime, o racismo cometido pelos cidadãos se torna recorrente, já que não existe uma justiça que coloque o problema em pauta de maior importância. Desse modo, é essencial a reformulação dessa postura estatal de forma imediata.
Além disso, é imperativo ressaltar a contribuição da sociedade como promotor do problema, está cada dia mais comum a injúria racial disfarçada por piadas de duplo sentido como, “ele não precisa de protetor solar, até porque neguin não queima no sol”. Partindo desse pressuposto, atualmente e muito comum utilizar da “graça” para ofender uma pessoa, utilizando sua cor, raça, etnia, religião ou origem. Tudo isso retarda o aumento do impecilho, já que a sociedade atual contribuí para a premência desse quadro problemático.
Portanto, depreende-se que existe a indispensabilidade de se investir em medidas para combater o racismo no Brasil. Assim o Tribunal de Contas da União, deve direcionar capital que, por intermédio do ministério da igualdade racial (MIR), será revertido em campanhas de conscientização, através das mídias e palestras fazendo com que o assunto crie uma importância social, causando debates na internet, em escolas e no dia a dia, com o intuito de repercutir o assunto de tal maneira em que o governo federal seja pressionado a tomar uma medida para a criação de leis mais eficientes para combater o problema. Dessa maneira, certamente, a afirmação de Thomas Hobbes será vivenciada por todos os cidadãos brasileiros.