O racismo no Brasil está aí desde os tempos da escravidão, no início do século XVII. Racismo é uma forma de preconceito ou discriminação motivada pela cor da pele, ou origem étnica. Uma pesquisa publicada em 2011 indica que 63,7% dos brasileiros considera que a raça interfere na qualidade de vida dos cidadãos. Desse modo, vemos que racismo não é praticado veladamente, mas sim escancarada, considerando especialmente os aspectos estruturais e institucionais.
   Por mais que pareça muito tempo, a abolição da escravatura no Brasil fez 135 anos em 2024, porém o racismo existe claramente no Brasil. Os padrões de beleza, por exemplo, são uma fonte de preconceito quando as pessoas dizem “cabelo ruim” querendo se referir a um cabelo crespo que é comum a negros e afrodescendentes.
   O mais triste quando se fala de racismo é saber que todo brasileiro é racista, mesmo inconscientemente. As crianças crescem vendo uma novela em que pessoas negras são empregadas, marginalizadas, sem estudo e educação; vendo chacinas de negros nos jornais por puro racismo.
   Portanto, o racismo é mais do que agredir física ou verbalmente uma pessoa negra, é também julgar ou olhar torto, no silêncio. A mancha desumana na história do Brasil é muito recente e o país a carregará para sempre, mas é necessário questionar sobre como é visto um negro no cotidiano da sociedade atual, sobre padrões de beleza que excluem os negros, e até termos preconceituosos. O racismo só acabará, se é que isso um dia será possível, quando os brasileiros lutarem por direitos iguais, na prática, quando se questionarem e defenderem reciprocamente.