A Constituição de 1988, último e mais importante documento do sistema jurídico brasileiro, concede direitos inalienáveis para toda a população nacional. Entretanto, nem sempre foi visto dessa maneira, apesar do território do Brasil existir a milhares de anos com seu povo, demorou séculos para a sociedade de elite perceber a necessária grandeza de direitos a parcela mais desfavorecida do país-as minorias-por mais que o país verde-amarelo tenha sempre apresentado enorme desigualdade, especialmente se tratando de escravidão e tráfico de escravos vindos de diversos outros continentes, em destaque a África, foi somente após a guerra do Paraguai que essa problemática começou a ser discutida com força.

⚠️Convém ressaltar que os indivíduos escravizados eram vistos como objetos, coisas sem valor perto de outra parte da sociedade, eram explorados e forçados a obedecer durante toda a sua vida ao seu senhor, sem ao menos ter o direito de questionar o porque, e isso se seguiu no mundo todo por eras. Uma explicação dada em época, principalmente no século XIX, após as conclusões biológicas de Darwin, foi o darwinismo social, uma má interpretação tirada de suas conclusões, ao definir que o mais forte prevalece, fazendo a comunidade branca eurocêntrica da época relacionar isso a etnias humanas, ocasionando em dezenas de mortos e preconceitos, a ponto de pessoas negras e de raça implorarem para "purificar" a família delas com a miscigenação.

Ademais, a filósofa brasileira de Djamila Ribeiro defende em sua perspectiva, que o primeiro passo para acabar com um problema, é tirá-lo da invisibilidade. Mesmo que os anos de colonização e escravatura tenham se passado, as consequências daquela época permeam no presente, a cultura brasileira é extremamente diversificada, tanto pelos indígenas que já existiam nas terras, quanto pelos escravizados trazidos, o que tornou o país em um lugar repleto de sincretismo cultural e religioso. Por mais que esse ponto pareça ser uma característica positiva dessas mazelas históricas, ele foi alvo de muitos estigmas durante anos, o que fez com que diversas culturas e costumes fossem apagados do tempo, fazendo com que preconceitos continuem pela falta de informação.

Em suma, é imprescrindível que o Ministério da Educação implemente palestras, campanhas, divulgação de livros por meio de divulgações visuais e sociais para alavancar esse assunto e culturas nas instituições escolares, mesmo que esse sistema seja arcaico, ele ainda prevalece pela falta de conhecimento, a raiz do problema começa na infância e vai para a vida adulta, por isso professores e a própria grade escolar devem oferecer apoio sobre determinado tema. Além disso para a população mais velha, o uso de apresentações e exposições de diversas culturas é válido, juntamente com o uso das mídias sociais para compartilhar sobre o assunto em parâmetro maior. Para finalmente aniquilar essa falta de conhecimento, devemos mostrar o pensamento correto.