Conforme a Constituição de 1988, todos os indivíduos são iguais perante a lei. No entanto, a questão da invisibilidade feminina na ciência da saúde fere em princípio legal ao afetar a sociedade brasileira através do silenciamento midiático e cultura machista. Diante disso, é imprescindível um debate sobre a problemática existente no país. 

   Primordialmente, é importante destacar a negligência de veículos de comunicação perante o problema. Nesse sentido, o escritor George Orwell cita "A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa". Conquanto, é possível notar que a citação remete a infeliz realidade, na qual a imprensa nega enaltecer realizações de mulheres na área da saúde, mulheres que salvam vidas e não são reconhecidas. Logo, fica evidente que a ausência de visibilidade sobre os feitos conciliam com o escritor.

   Outrossim, é válido salientar uma cultura intrísicamente machista diante dessa realidade. A esse respeito, o filme "Barbie" retrata uma cidade ficcional, onde as mulheres ocupam cargos de poder. Ademais, é notório que a sociedade possui raízes históricas que incitam a desigualdade de gênero, em que as mulheres são consideradas inferiores aos homens. Sob tal ótica, é evidente que a realidade vista no filme continua apenas na ficção.

   Depreende-se, a urgência de projetos que alterem o quadro presente. Portanto, para o fim da problemática da falta de reconhecimento feminino na saúde, além de campanhas conscientizadoras sobre a injustiça de gênero, o Estado, juntamente aos veículos de comunicação, deve impor maior visibilidade e reconhecimento à feitos femininos. A partir disso, o instrumento normativo do direito a igualdade legal será colocado em prática, e o imbróglio intermediado.