Lugar de criança é brincando, na escola, com os amigos e família. De fato, pesquisas mostram que a infância é uma das fases mais importantes da vida, tanto em termos de desenvolvimento físico quanto psicológico e comportamental. Essa, porém, não é a realidade de cerca de 1,8 milhão de crianças brasileiras, de acordo com dados de 2019.
O trabalho infantil no Brasil aflige principalmente as regiões Norte e Nordeste do país, bem como crianças negras, principalmente meninos. Boa parte do trabalho abrange o setor agrícola.
E essa é uma realidade não só no Brasil, mas em todo o mundo: dados da Unicef, juntamente com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), apontam que, das cerca de 160 milhões de crianças vítimas de trabalho infantil, a maior parte delas está situada em países pobres, principalmente na África e Ásia, bem como o principal setor envolvido é o agrícola. E, ainda segundo a Unicef, o número de crianças nessas condições tende a aumentar até 2022 como resultado da pandemia de COVID-19.
Com isso é possível perceber que a infância de muitas crianças tem sido roubada por fatores como a pobreza e a falta de conscientização quanto à proteção da criança e do adolescente.
É necessário, pois, que os governos federal estaduais e municipais invistam em políticas públicas que visam proteger a infância e atenuar a desigualdade social no Brasil, e cabe também aos legisladores a criação de leis que endureçam as penas de crime de trabalho infantil, para que seja protegida a infância das crianças brasileiras.