Nesse cenário, a princípio, a carência de projetos sociais pautados na propagação da cultura africana no país corrobora o ocultamento desses saberes. Sob a ótica do filósofo inglês John Locke, o Estado deve promover o bem estar social, ou seja, para que os povos africanos mantenham sua ancestralidade e, assim, possuam uma vida digna, é necessária uma intervenção estatal. Entretanto, diferentemente do idealizado por Locke, o Poder Público não provê esse bem-estar, uma vez que não existem campanhas suficientes para a compreensão social das festas de matriz africana e, as que têm, muitas vezes, possuem ideias centrais estigmatizadas, ocasionando no constrangimento desse povo e na alienação social dos novos conhecedores da cultura. Consequentemente, o verdadeiro patrimônio histórico africano se perde na transição geracional, o samba afro-brasileiro dos carnavais pode ser usado como exemplo, tendo em vista que, atualmente, é simbolizado mais pela sexualização do que pelo seu legado. Logo, é crucial o incentivo estatal para a valorização dos saberes africanos.
Além disso, é coerente apontar que o preconceito prejudica o processo de valorização da cultura africana. Segundo a autora alemã Hannah Arendt, em seu conceito de “Banalidade do mal“, as mazelas sociais quando replicadas de maneira corriqueira tendem a ser normalizadas pela sociedade. Com isso, compreende-se que enquanto o racismo, principalmente contra os africanos, continuar presente em ambientes públicos e digitais, por exemplo, será de extrema dificuldade haver a valorização da herança africana no Brasil de forma plena, pois tal mazela continuará sendo replicada, descredibilizando essa cultura. Um bom exemplo dessa reprodução, são os, quase que semanais, ataques contra jogadores descendentes de africanos no futebol brasileiro, pelas torcidas de clubes da região sul do país, que os desencorajam de disseminar sua tradição nesse esporte. Sendo assim, para a ascensão dos saberes e da ancestralidade africana, necessita-se que o pensamento racista seja mitigado.
Portanto, faz-se necessária uma intervenção. Para isso, o Governo Federal deve promover a herança africana em todos os ambientes coletivos, por meio de políticas públicas, com o fito de desmistificar o estereótipo africano e valorizar sua cultura. Paralelamente, o Ministério da Educação (MEC) - enquanto provedor de uma educação transformadora - precisa mitigar o racismo no Brasil, por intermédio de campanhas e de palestras, com o objetivo de formar jovens que tem o conhecimento dos povos africanos, respeitando-os. Desse modo, certamente, alcançar-se-á um Brasil superado dos desafios para a valorização da herança africana.
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C1 norma-padrão
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita, ou seja, apresenta um texto com boa estrutura sintática, com poucos desvios de pontuação, de grafia e de emprego do registro exigido.
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C2 Compreensão da proposta
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.
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C3 seleção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, ou seja, os argumentos selecionados estão organizados e relacionados de forma consistente com o ponto de vista defendido e com o tema proposto, configurando-se independência de pensamento e autoria.
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C4 construção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula bem as ideias, os argumentos, as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos, sem inadequações.
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C5 Proposta de Intervenção
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, articulada e abrangente, ainda que sem suficiente detalhamento.
Erros como "ocasionando no" devem ser corrigidos para "ocasionando o". Em "jovens que tem", use "têm". A proposta de intervenção precisa detalhar melhor um dos elementos, como o meio ou agente.
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