- 08 Nov 2023, 14:13
#125755
"Nossas visitas ao asilo sejam apenas para ver os quartos dos que lá moraram". A banda brasileira Rosa de Saron, por meio desse trecho da música "Quando tiver sessenta", retrata uma sociedade idealizada, onde a assistência aos desamparados não é uma necessidade social. Entretanto, ao observar a conjuntura nacional atual, percebe-se a persistência dos desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil, uma vez que essa atividade, mesmo sendo necessária, não é valorizada. Dessa forma, é essencial enunciar a herança histórica e a negligência estatal como pilares da problemática.
Em primeira análise, quanto à história, Ariano Suassuna, escritor brasileiro, afirma que existe uma injustiça secular que dilacera o Brasil em duas vertentes: a dos privilegiados e a dos despossuídos. Isso, portanto, concorda com a atual desvalorização do trabalho voluntário feminino, entrave que tem sua origem no século XX, durante a Era Vargas, quando surgiram visões que impossibilitaram que as mulheres estabelecessem relações de autonomia na sociedade, mas favoreceram a inferioridade feminina que prevalece até hoje. Por outro lado, isso é, também, motivo pelo qual direitos, como o voto feminino, demoraram tanto para serem conquistados. Assim, conclui-se que a influência histórica ainda predomina nos tempos hodiernos, além de ser agravada pela ausência da imprensa, que não expõe a discriminação da classe feminina como problema moderno.
Além disso, a inércia governamental é a principal responsável pelo não cumprimento da Constituição Federal. Sob essa perspectiva, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman cunhou o termo "Instituições Zumbis", que define um conceito segundo o qual determinadas entidades sociais perderam sua função, mas mantiveram sua forma. A teoria baumaniana, desse modo, denuncia o Estado como causador do impasse, visto que se faz omisso quanto à infração dos direitos individuais. Ademais, apesar de, teoricamente, existirem regulamentos constitucionais - como o artigo 6° da Carta Magna - que garantem a assistência aos desamparados, as instituições governamentais não cumprem seu papel de promover políticas de valorização à parcela do corpo social responsável por esses atos. Em suma, verifica-se que esse óbice não possui a atenção necessária da população.
Urge, pois, a reversão do quadro atual. Enfim, cabe ao Ministério da Educação, órgão responsável pelo estabelecimento da grade curricular das escolas, promover palestras de exposição sobre o assunto, por meio da disponibilização das mulheres assistentes, a fim de conscientizar os alunos sobre a importância dessas atitudes e quanto à luta de classes que, há muito tempo, afeta o bem-estar social. Outrossim, também é válida, por parte do Ministério da Justiça, uma melhor fiscalização acerca das determinações legislativas, com o intuito de assegurar um governo igualitário e ético. Espera-se, em tese, que a realidade, fundamentada pelo pensamento rosariano, seja resgatada e consolidada.
Em primeira análise, quanto à história, Ariano Suassuna, escritor brasileiro, afirma que existe uma injustiça secular que dilacera o Brasil em duas vertentes: a dos privilegiados e a dos despossuídos. Isso, portanto, concorda com a atual desvalorização do trabalho voluntário feminino, entrave que tem sua origem no século XX, durante a Era Vargas, quando surgiram visões que impossibilitaram que as mulheres estabelecessem relações de autonomia na sociedade, mas favoreceram a inferioridade feminina que prevalece até hoje. Por outro lado, isso é, também, motivo pelo qual direitos, como o voto feminino, demoraram tanto para serem conquistados. Assim, conclui-se que a influência histórica ainda predomina nos tempos hodiernos, além de ser agravada pela ausência da imprensa, que não expõe a discriminação da classe feminina como problema moderno.
Além disso, a inércia governamental é a principal responsável pelo não cumprimento da Constituição Federal. Sob essa perspectiva, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman cunhou o termo "Instituições Zumbis", que define um conceito segundo o qual determinadas entidades sociais perderam sua função, mas mantiveram sua forma. A teoria baumaniana, desse modo, denuncia o Estado como causador do impasse, visto que se faz omisso quanto à infração dos direitos individuais. Ademais, apesar de, teoricamente, existirem regulamentos constitucionais - como o artigo 6° da Carta Magna - que garantem a assistência aos desamparados, as instituições governamentais não cumprem seu papel de promover políticas de valorização à parcela do corpo social responsável por esses atos. Em suma, verifica-se que esse óbice não possui a atenção necessária da população.
Urge, pois, a reversão do quadro atual. Enfim, cabe ao Ministério da Educação, órgão responsável pelo estabelecimento da grade curricular das escolas, promover palestras de exposição sobre o assunto, por meio da disponibilização das mulheres assistentes, a fim de conscientizar os alunos sobre a importância dessas atitudes e quanto à luta de classes que, há muito tempo, afeta o bem-estar social. Outrossim, também é válida, por parte do Ministério da Justiça, uma melhor fiscalização acerca das determinações legislativas, com o intuito de assegurar um governo igualitário e ético. Espera-se, em tese, que a realidade, fundamentada pelo pensamento rosariano, seja resgatada e consolidada.